A ponte Eiffel, reconhecida com património da cidade, inaugurada em 1878, constitui uma notável obra de engenharia e um excelente exemplar da arquitetura em ferro do seculo XIX.
Seria hoje um ex-libris da cidade de Viana do Castelo, não fosse o estado degradado em que se encontra.
Basta que a atravessemos, que o desprezo por esta obra e a falta de manutenção salta à vista.
Começa logo pela solução provisória, que mais parece definitiva da proteção à catenária (desde a eletrificação da linha), em grades de metal, que além do impacto visual negativo, contribui bastante para insegurança e mobilidade de que a atravessa, impedindo o uso do passeio de um dos lados em ambas as margens do rio. Até quando a Infraestruturas de Portugal (IP) irá adiar a implementação da solução (que ao que parece, já existe)?
Ainda não terminamos a rampa de acesso e deparámo-nos com um remendo nas grades (resultado de um acidente de viação que ocorreu no inicio do ano passado), umas quantas colunas de iluminação danificadas (a olho nu), outras tantas que não funcionam e claro, o piso cada vez mais degradado a cada dia que passa.
Que imagem queremos passar a quem nos visita, se mal pisa a passadeira verde, tem que estar mais atento onde põe o pé (ou a roda) do que na vista maravilhosa que esta travessia nos oferece?
Temos seguramente condições para assegurar uma manutenção digna a esta ponte. Não nos podemos lembrar dela apenas nas datas importantes e pomposas (já falta pouco para os 150 anos).
Vamos todos juntar esforços e cuidar do nosso património. Tão importante como construir novas infraestruturas é cuidar das existentes, pois só assim, é garantida uma passagem segura e aprazível.
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