Paróquia de Valadares vê “com grande satisfação” processo de classificação da Igreja da Misericórdia

A Igreja da Misericórdia de Valadares, em Monção, está em vias de classificação patrimonial. O anúncio foi publicado recentemente no Diário da República e, para o pároco, Pe. Joel Rodrigues, “é um passo importante” para valorizar aquele património.

Micaela Barbosa
11 Dez. 2024 2 mins

Segundo o sacerdote, a classificação deve-se ao seu valor arquitetónico e histórico. “A Igreja Misericórdia é muito bonita”, sublinhou, confidenciando que foi “com grande satisfação” que recebeu o anúncio da sua classificação. “Iniciar o processo de classificação é positivo porque, futuramente, queremos conseguir financiamento para mantermos e valorizarmos o espaço”, revelou, agradecendo o apoio da Câmara Municipal. “A igreja apresenta sinais de degradação graves e, portanto, esta candidatura pode ajudar-nos a reabilitá-la e preservá-la”, acrescentou.

De acordo com o município de Monção, a Igreja da Misericórdia de Valadares “é um edifício maneirista, de planta polígona, composta por nave única e capela-mor mais baixa e estreita, seguindo o modelo desenvolvido pela Igreja bracarense de São Vitor”. “No interior pode-se apreciar os tetos de madeira, formando caixotões, pintados, coro-alto retangular sobre arco em asa de cesto, púlpito no lado do Evangelho, retábulos de talha dourada barrocos, sendo os da nave joaninos e o mor de estilo nacional”, acrescenta.

De acordo com o Património Cultural, o edifício foi construído no século 17 e reformado no século 18, “com linguagem decorativa de transição do maneirismo para o barroco, com edifício do consistório disposto à direita”. “Apresenta planta retangular composta por nave e capela-mor, mais baixa e estreita, interiormente com coberturas de madeira e em abobada, respetivamente, e iluminação axial e bilateral”, refere.

Já o retábulo-mor é “barroco, de estilo nacional, de corpo reto e três eixos”.  “O edifício do consistório é também maneirista, com fachada de dois pisos e fenestração regular, com janelas de sacada ao nível do segundo piso, encimadas por frontões triangulares”, afirma. 

O interior “foi significativamente alterado, destacando-se apenas a escadaria de dois lanços perpendiculares, em granito, e com corrimão terminado em voluta”. 

O Património Cultural assinala também “o portal renascentista colocado na casa mortuária enquadrado por medalhões e coroado pelas armas reais”.

 

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