2024 parte II: a importância para Alto Minho

José Lago Gonçalves
7 Jun. 2024 3 mins
José Lago Gonçalves

A primeira metade deste ano político ficou marcada pelas eleições legislativas de 10 de Março, pela nova composição da Assembleia da República e do Governo e agora pelas eleições europeias.

É verdade que, nas eleições do próximo dia nove, há muito mais em jogo do que o parlamento europeu, visto que o resultado dos partidos da oposição e da coligação que suporta o Governo alterará o xadrez político nacional.

Mas, é também verdade que o resultado que a integração na União Europeia no crescimento do nosso país, maioritariamente do ponto de vista infraestrutural e na igualdade de direitos e de oportunidades, merecia que o debate em torno destas eleições fosse verdadeiramente aprofundado. E, o país que, hoje, beneficia muito mais da solidariedade dos outros Estados-membro do que aquilo que contribui financeiramente, merecia que a participação nas eleições se prendesse com isso mesmo.

A “parte II” do nosso ano político vai ser marcada pela discussão do Orçamento do Estado para 2025 o que, provavelmente, será o momento mais importante deste ano.

Os partidos da oposição sabem que, por um lado, caso viabilizem o orçamento de estado poderão apenas ir a eleições legislativas após as presidenciais, por outro lado, que se chumbarem o documento arriscam o voto de reforço ao Governo e de repúdio pela instabilidade criada.

Também para o Alto Minho, a situação política nacional poderá ter um impacto relevante no futuro das nossas populações, já que o desenvolvimento da nossa região depende diretamente do rumo político que o país seguir. Um eventual chumbo do Orçamento do Estado que se traduza em nova crise politica adiará o nosso desenvolvimento enquanto região.

Por cá e para cá, é necessário adotar políticas públicas que priorizem as Infraestruturas e Mobilidade, interligando o nosso distrito e conectando os seus concelhos ao resto do país, no qual se destaca a ligação ferroviária de alta velocidade. O reforço do apoio à agricultura e ao mundo rural, características intrínsecas do nosso território que devem ser potenciadas através da modernização e inovação tecnológica e de práticas sustentáveis.

Economicamente, devemos ir além do nosso potencial turístico, é crucial que sejamos capazes de atrair mais investimento, fixar cada vez mais postos de trabalho e com melhores salários.

O Alto Minho não tem tempo a perder: é preciso avançar com soluções que reflitam verdadeiramente as necessidades e potencialidades da região através da cooperação entre governos locais, nacionais e instituições europeias.

A Europa precisa de se fortalecer, Portugal precisa de estabilidade, o Alto Minho precisa de mais desenvolvimento: esperemos que os nossos representantes e atores políticos estejam à altura da importância dos próximos tempos.

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