«Conversas na Ecclesia»: “As manifestações de religiosidade popular são uma ocasião extraordinária para oferecer o Evangelho”, afirmou Pe. Renato Oliveira

Para o Pe. Renato Oliveira, “as manifestações de religiosidade popular são uma ferramenta e uma ocasião extraordinária” para a Diocese de Viana do Castelo. “Como diocese nunca podemos desistir de nos reinventarmos, purificando naturalmente algumas manifestações de religiosidade popular, mas vendo sobretudo nelas uma belíssima oportunidade para oferecermos, como nos for permitido, o Evangelho às pessoas que se aproximam dessas romarias”, afirmou.

Entre as finalistas do concurso “7 Maravilhas da Cultura Popular” estão cinco festas religiosas do Alto Minho: Romaria de Nossa Senhora da Agonia, Romaria de São Bartolomeu, de São João d’Arga, de Santa Marta de Portuzelo, Feiras Novas e Concertinas e Cantares ao Desafio de Ponte de Lima e o Vira do Minho.

Sobre as sete finalistas, que se situam na região da Diocese de Viana do Castelo, o Pe. Renato Oliveira sublinhou a presença de elementos religiosos de forma “mais ou menos explícita”, nomeadamente, nas festas e romarias que caraterizam o Alto Minho. “A presença em grande número de pessoas nas romarias do Alto Minho revela a sede do sagrado, do transcendente e do religioso”, considerou.

No contexto da pandemia covid-19, os promotores das festas e romarias na Diocese de Viana do Castelo estão a cingir-se ao “essencial”, a celebração da Eucaristia, certos de que uma das “dimensões fundamentais” da religiosidade popular, que é “o encontro, o estar juntos”, não pode acontecer este ano. “Grande parte das romarias estão a celebrar a Eucaristia campal e a aproveitar os recursos das novas tecnologias para fazer uma espécie de celebração digital, no que for possível”, adiantou.

A Agência ECCLESIA vai apresentar “o Sagrado e as Gentes”, percorrendo todas as dioceses até ao dia 31 de julho.