D. João Lavrador alerta para a “fome profunda” da humanidade e convida Igreja a ser “alimento” para o mundo

A Sé de Viana do Castelo acolheu a Solenidade do Corpo de Deus, seguida de procissão até à igreja de S. Domingos. D. João Lavrador presidiu à celebração, afirmando que

Micaela Barbosa
20 Jun. 2025 2 mins

“Contrariamente ao que ouvimos, todos somos famintos. E, ou a fome é saciada na verdade, ou, então, a fome leva-nos a desviar-nos e a entender o nosso irmão como adversário, senão como inimigo”, salientou, alertando para o risco de instrumentalização da fé. “Quantas vezes fazemos dos dons de Deus nossos, e acabamos por privatizar Deus?”, questionou.

Na homilia, o Bispo diocesano sublinhou o papel da Eucaristia como fonte de missão, desafiando os fiéis a “serem alimento para os irmãos”. “Temos de provocar a fome”, apelou.

D. João Lavrador destacou, ainda, que a Eucaristia é “a herança mais preciosa deixada por Jesus Cristo”, caracterizando-a como “fonte de comunhão e missão”. “Na Eucaristia encontramos a força e a urgência de sermos cristãos em comunhão com os irmãos, enviados ao mundo como alimento para os outros”, afirmou, lembrando que a fome “não é apenas material, mas profunda de dignidade, sentido e verdade”.

Por fim, e relembrando as palavras do Papa Francisco, o Bispo apelou a uma Igreja aberta e acolhedora, atenta aos sinais dos tempos e capaz de sair ao encontro dos mais pobres e frágeis. “Apropriarmo-nos dos dons de Deus e distribuí-los segundo os nossos interesses, é fechar-nos ao verdadeiro amor”, alertou, concluindo: “A vida de Cristo entrelaça-se com a nossa, na Eucaristia. O amor de Deus é abundante e transborda — torna-se missão, partilha e presença viva junto dos irmãos.”

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