João Duque participa em projeto teológico que tem a fraternidade como pano de fundo

João Manuel Duque, natural de Monção e Presidente do Centro Regional de Braga e Pró-Reitor da Universidade Católica Portuguesa, integra um grupo de dez teólogos de vários países, convocados pelo Presidente da Academia Pontifícia para a Vida e pelo Reitor do Instituto Pontifício Teológico João Paulo II para as Ciências do Matrimónio e Família, que elaborou um documento que foi como «um apelo ao questionamento, não simplesmente para receber ou rejeitar uma análise», e que propõe o desafio de «salvar juntos a fraternidade», na linha «da provocação da Encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco»..

Notícias de Viana
18 Jun. 2021 2 mins
João Duque participa em projeto teológico que tem a fraternidade como pano de fundo

O documento pretende denunciar que “a suposta neutralidade do sistema técnico-económico encobre a sua violência anti-humanista e evita que seja comparado ao passado imperialista e colonialista do Ocidente”, mas, inserindo-se na linha do magistério do Papa Francisco acerca da fraternidade, busca “recolher o sentido profundo desta provocação definitiva – dirigida a uma Igreja instada a abrir-se e a um mundo tentado a fechar-se – inaugurando o clima de uma ‘fraternidade intelectual’”

Os responsáveis pelo documento questionam, ainda, um “individualismo libertário” no qual desapareceu qualquer “projeto de responsabilidade para a comunidade dos livres e iguais”. “Não há nada que possa salvar as gerações futuras da dissolução técnico-económica do humanismo ético-político”, advertem.

Num texto publicado pela Agência Ecclesia, João Duque afirma que, “para além da felicidade e gratidão por poder participar do enriquecimento que a reflexão dos outros me oferece”, a iniciativa mostra como o discurso eclesial e teológico, assim como o discurso crente, “deve superar a tentação do encerramento numa linguagem para consumo interno, como se a vida da Igreja constituísse um mundo ao lodo do resto do mundo”. 

“Temos que mergulhar no mundo em que vivemos e afinar a nossa sensibilidade para o quotidiano dos nossos contemporâneos, no qual se desenvolve a gramática do discurso humano, que é também a gramática do discurso crente (…). É esta proximidade à cultura que compartilhamos com todos os humanos que deve ser cultivada, mesmo se aprofundada numa linguagem científica e técnica específica”, concluiu. 

Tags Economia

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