Nova Casa Mortuária de Viana do Castelo “ainda não foi utilizada”

Três das seis funerárias de Viana do Castelo apontaram a falta de acesso direto ao cemitério como a principal causa para não utilizar a nova Casa Mortuária, que custou mais de um milhão de euros.

Notícias de Viana
25 Jan. 2024 2 mins
Nova Casa Mortuária de Viana do Castelo “ainda não foi utilizada”

A Casa Mortuária, inaugurada em outubro, foi construída nos terrenos do Horto Municipal e fica junto ao Cemitério Municipal, nas proximidades da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, em cujas instalações anexas continuam a decorrer os velórios da cidade.

O novo equipamento, construído de raiz, representou um investimento de 1.073 milhões de euros por parte da autarquia, e foi justificado com a necessidade de conferir “condições de dignidade e sobriedade durante as cerimónias fúnebres”. Contudo, desde que foi inaugurado, o novo espaço ainda não foi utilizado.

Os responsáveis de três das seis funerárias do concelho de Viana do Castelo criticaram a “ausência de um acesso direto ao cemitério municipal e à igreja de Santo António”, localizada na proximidade, o que obriga a “andar às voltas” com o caixão.

Referiram também que as pessoas que participarem nas cerimónias fúnebres têm de sair “em romaria” do novo espaço, e deslocar-se a pé para a igreja ou para o cemitério.

Os agentes funerários do concelho queixam-se de não terem sido ouvidos durante a elaboração do projeto aprovado em 2020, no último mandato do ex-autarca José Maria Costa, atual Secretário de Estado do Mar, assim como não foram convidados para a inauguração da Casa Mortuária, em outubro.

As funerárias apontam como “única alternativa viável a solução antiga, proporcionada pelas capelas mortuárias da Ordem Terceira, com ligação à igreja de Santo António e ao cemitério”.

Questionado sobre a situação, o presidente da Câmara, Luís Nobre, referiu que a Casa Mortuária está em funcionamento, mas “tem de ser requerida”.

O autarca disse não existir qualquer problema que impeça a sua utilização. “Havia uma tradição, em que eram utilizados os espaços afetos à Ordem Terceira. “É natural que haja uma transição temporal desses hábitos e rotinas estabelecidas entre as agências funerárias e os munícipes. Foi percecionada a necessidade do edifício. O município encontrou um local, desenvolveu um projeto, construiu uma obra. O equipamento está em plenas condições de funcionamento”, afirmou.

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