Moda ou modo?! Eis a questão.

Hoje acordei com uma questão que tem bailado na minha mente e no meu coração. E deixem que vos diga que tentei desviar o olhar e não prestar atenção, mas a questão teimava em bailar no meu dia, para onde quer que me dirigisse!  Moda ou modo?!  Eis a questão pertinente (pelo menos assim se […]

Isabel Lemos
7 Dez. 2023 3 mins
Irmã Isabel

Hoje acordei com uma questão que tem bailado na minha mente e no meu coração. E deixem que vos diga que tentei desviar o olhar e não prestar atenção, mas a questão teimava em bailar no meu dia, para onde quer que me dirigisse!

Moda ou modo?!

Eis a questão pertinente (pelo menos assim se me apresenta) que partilho convosco. Talvez deste modo, escrevendo em voz alta, possa encontrar alguma luz sobre o tema.

Certamente já nos habituámos a ouvir (não sei se escutar) e a falar da sinodalidade. Mas pergunto-me se o estilo que implica atravessa a nossa vida, o nosso modo de ser Igreja, o modo como nos dizemos, enquanto discípulos…

Dou comigo a refletir e a desejar viver deste modo, o qual a todos nos convida, implica e compromete, do silêncio à escuta de cada um, dos outros e do próprio Deus. Quem dera que o tempo não passe em vão e não nos fuja por entre as sombras da memória, e possamos participar com outros, juntos em comunhão, sendo cada um de nós “missão nesta terra”, cuidando a Casa Comum, abraçando a possibilidade da construção de uma verdadeira fraternidade!

Que a moda não ganhe esse espaço, e enchamos a boca de palavra esvaziada do seu sentido e significado, mas saibamos aproveitar a oportunidade para agarrar e dar novo nascimento ao que se encontrava abafado e esquecido em relação a um modo de ser e estar como filhos, e filhos de um Pai como maiúscula, a Quem conhecemos por meio d’Aquele Jesus que teimosamente ousou tantas vezes desafiar o estabelecido.

Ai, quem dera que o modo prevaleça!

E, se cruzar os braços, será que a paralisia da postura contribui para o alicerçar deste estilo? Nem sequer me atrevo a responder. Gostava de desafiar a que cada um nos escutássemos… Façamos silêncio. Não é preciso muito, apenas um pouco. Se calhar três minutos, de entrada, podem ajudar ou pelo menos abrir a porta para que a novidade entre nas nossas vidas, não poucas vezes acomodadas, justificando o que deixa de se realizar ou de viver. Deixemo-nos interpelar, e procuremos, nos nossos pequenos encontros, recorrer a este estilo sinodal. Procuremos que, em pequenos grupos, para que todos nos possamos escutar, conversar, escutando-nos, um após outro. E façamos uma pausa de silêncio; os três minutos ajudam e muito! E, pouco a pouco, à medida que avançamos, muitos começaremos a dizer que não sabemos viver de modo diferente… Faz falta discernir, cada um, mas também em conjunto, procurando escutar o Espírito Santo. Será maravilhoso poder descobrir o sabor belo e verdadeiro de um caminho, de um modo, em que juntos, todos podem participar, dando tempo e espaço à Voz de Deus que vai surgindo no meio de tantas outras vozes.

E viajaremos numa aventura que da moda nos leva ao modo e ao estilo!

Alguém quer continuar a embarcar nesta aventura e deixar que à luz venha o Sonho do Criador? Eis a questão!

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