Diocese de Viana responde a apelo do Papa Francisco, e abre processo sinodal

“Uma das críticas que, com alguma frequência, é feita, à Igreja Católica, é que ela (…) parece competir (…) como fosse uma organização civil e, sobretudo, como uma detentora de certo poder político”, enunciou ao iniciar a homilia, apontando o pedido contrário de Jesus no Evangelho, pelo qual o grande horizonte de ação da Igreja não deve ser a procura dos “primeiros lugares”, mas a busca de que, cada um, seja “o escravo de todos”, no diálogo e na escuta.

Nesta linha, deixou claro que, a partir daquele momento, “toda a Igreja Diocesana, todo o povo, crente ou não crente, toda a gente, de todas as classes e situações”, se deve sentir envolvida na caminha eclesial e sinodal a que se dava início.

“Convido, pois, todos os diocesanos, de boa vontade, para que se disponibilizem, nos tempos oportunos, a fim de abraçarem este Processo Sinodal em caminha renovadora, acolhendo e incluindo a todos em ambiente de festa (…) em busca de uma Igreja renovada e atualizada”, realçou. 

Trata-se, segundo acrescentou, de um tempo de reflexão, “onde todos farão a experiencia de escutar e de falar uns com os outros, à e em Igreja”, evidenciando que “todos são protagonistas e ninguém pode ser considerada simples figurante”, denunciando, ainda, a discriminação de “certas vozes” como pecado. “Nós somos Igreja. Nós somos Igreja ‘todos juntos’”, referiu.

Concluiu, convidado cada um a deixar “o conforto em busca do desconforto”, a vencer a tentação de “resolver sempre tudo sozinho”, a deixar de “engaiolar e devotamente adorar as cinzas do passado”, para “não deixar estagnar as realidade teológicas e litúrgicas”.