O Teatro Municipal Sá de Miranda acolheu a Sessão Solene do Dia da Cidade, cerimónia que incluiu a atribuição de títulos honoríficos de Cidadão de Honra, Cidadão Honorário, Cidadão de Mérito, Instituição de Mérito, e Empresa de Mérito, galardões que prestam homenagem às personalidades, às instituições e às empresas que, nas mais diversas áreas, se destacam por notáveis serviços prestados a Viana do Castelo, ao país e ao mundo, através do seu trabalho, da sua arte ou da sua dedicação.
José Maria da Costa Reis Ribeiro (a título póstumo) recebeu o título de “Cidadão de Honra” pelos notáveis serviços prestados à Igreja e à imprensa religiosa local e nacional, e pelo elevado sentido de cidadania e de solidariedade social.
Em outubro de 2021, o Notícias de Viana dedicou-lhe a edição 2.000, entrevistando-o. Nesse depoimento, assegurou que a Diocese é uma instituição que “corresponde às expectativas” daqueles que sonharam com ela. No entanto, considerou que “ainda há muito para se fazer”: “abrir novos horizontes” e, ao mesmo tempo, “promover mais iniciativas e projetos” que dinamizem cada vez mais a Diocese, “no sentido da humanização”.
Também os dois antigos diretores do jornal, o Pe. Paulo Gomes e o Pe. Renato Oliveira, deixaram o seu testemunho. “É um dos homens a quem se deve muito na construção identitária da Diocese, várias vezes premiado pela sua escrita, e que não colocou nenhuma condição para continuar a trabalhar integrado na nova equipa da Pastoral da Comunicação”, escreveu o Pe. Paulo Gomes, salientando: “Ao longo dos anos em que trabalhei na área da comunicação social, encontrei em Mons. Reis Ribeiro apoio e incentivo, bem como pensada crítica. Tantas vezes veio a terreiro em minha defesa e do projeto que preconizávamos para a comunicação da Diocese, na qual o Notícias de Viana, então, era o veículo mais forte.”
“Mons. Reis Ribeiro é alguém que foi, e é, capaz de servir a Igreja em muitos e diversos âmbitos”, referiu o Pe. Renato Oliveira, considerando que “foi alguém capaz de dar corpo a uma “Igreja em saída”, como insistentemente pede o Papa Francisco”. “Os seus lúcidos e arejados artigos no Notícias de Viana são concretização disto mesmo: leitura das diversas realidades políticas, económicas, sociais e culturais, feita por um homem crente. Mais do que falar para um mundo construído apenas na sua mente, falou, e fala, sempre para o mundo real”, salientou, enaltecendo: “Mons. Reis Ribeiro foi alguém que – talvez influenciado pelo seu notável percurso e pela consequente visão ampla sobre o mundo – soube sempre conservar uma simplicidade e uma humildade ímpares.”
Na cerimónia, Mons. Sebastião Ferreira também foi homenageado com o título de “Cidadão de Mérito” pelos relevantes serviços prestados à Diocese de Viana do Castelo como Vigário-geral e a toda a comunidade vianense, em geral.
Recentemente, o Vigário-geral emérito foi homenageado na celebração do Dia da Diocese, que foi presidida por D. João Lavrador. “Queremos dar graças a Deus pelo ministério de Mons. Sebastião Pires Ferreira, e agradecer-lhe todos os diversos serviços com os quais engrandeceu a nossa Diocese, nomeadamente os 38 anos de exemplar dedicação pastoral como Vigário-geral”, especificou o Bispo diocesano na homilia, enaltecendo as suas “sabedoria, fé e inteligência”. “A Diocese está profundamente agradecida. É justa esta palavra de reconhecimento pelo serviço que prestou e presta com sabedoria, inteligência, competência, fé, desprendimento, generosidade e enorme espírito de amor à Igreja e de fidelidade aos seus Bispos. O seu rigor intelectual, a amabilidade para com todos, sobretudo, para com os sacerdotes, e a sua minuciosa atenção pastoral são, para todos nós, um exemplo e um estímulo”, frisou. Mons. Sebastião Ferreira recebeu a distinção da Câmara Municipal de Viana do Castelo “com surpresa” que, segundo o próprio, “demorou três dias a digerir”. “Estou grato à autarquia, com que me relacionei durante 38 anos enquanto Vigário-geral da Diocese”, afirmou, sublinhando a “boa” relação de “diálogo” entre as instituições. “Tenho esta Diocese no coração. Eu já existia quando ela nasceu. Cresci com ela. Abracei-a”, acrescentou.
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