Monsenhor Sebastião apelou à partilha com a Cáritas Diocesana

A Sé Catedral de Viana do Castelo acolheu a Eucaristia do IV Domingo da Quaresma. A celebração foi transmitida na página oficial da Diocese de Viana do Castelo e presidida pelo Administrador Diocesano, Mons. Sebastião Pires Ferreira, que destacou a importância da partilha, em particular, com a Cáritas Diocesana.

Notícias de Viana
18 Mar. 2021 3 mins
Monsenhor Sebastião apelou à partilha com a Cáritas Diocesana

Com a aproximação da Páscoa, Mons. Sebastião Pires Ferreira convidou os fiéis a fazer um balanço das suas administrações e recordou os três compromissos que foram feitos na quarta-feira de Cinzas: oração “mais intensa, sentida e interiorizada”, partilha “de bens, tempo e atenção”, e jejum e abstinência. “De modo particular sublinho a partilha com a Cáritas Diocesana que é uma instituição que tem de ser nutrida, porque as necessidades e a procura de auxílio são cada vez mais e, por isso, sejamos generosos”, apelou, acrescentando: “Jejuarmos e abstermo-nos é renunciar a coisas. Aquilo a que renunciamos, juntemos para partilhar e entregar como renúncia da nossa vida quaresmal.”

O Administrador Diocesano referiu-se ainda às tentações e lembrou o apelo “à escuta da Palavra de Deus”, que ajuda à conversão. “Não basta ter olhos para ver. Os olhos, por deficiência física, podem estar no lugar deles mas não nos permitirem ver. No entanto, também não basta ter olhos saudáveis. Para vermos, precisamos da Luz. Por vezes, olhamos e fixamo-nos só nas aparências, mas, quando queremos ver minuciosamente, concentramo-nos, mas vamos até a determinado estado de coisas, visão e compreensão. Com eles ainda não se vê tudo quanto podemos e devemos ver. O Homem não vê como Deus e Deus não vê como o Homem. Deus vê o coração e no coração. Ou seja, penetra-nos e isso é uma riqueza, porque os nossos sentimentos são conhecidos de Deus. Também Ele opera no coração e nos transforma no dia-a-dia para todas as atitudes e compreensões com os outros”, afirmou, recorrendo ao texto do cego de nascença. “Éramos trevas e, com o Batismo, tornamo-nos filhos da Luz. Iluminados. Apesar de muitas vezes deixarmo-nos esmorecer, devemo-nos comportar como filhos da Luz”, reforçou.

No final da homilia, Mons. Sebastião afirmou que já se começa a viver “a alegria pascal” e que, para tal, cada um deve “despertar da monotonia da sua vida”. “Se, por ventura, cairmos (e isso acontece porque somos frágeis), é preciso que nos levantemos. É a força interior que nos levará ao confessionário”, referiu, lembrando que não foi o cego de nascença que pediu a cura. “Jesus cruzou-se com ele no caminho. Este cego nunca tinha tido a experiência da luz. Estava ali a estender a mão para que lhe dessem esmola. É o próprio Jesus que toma a iniciativa, mas manda-o ir lavar-se à piscina de Siloé. Ou seja, Cristo converte-nos, mas é preciso que cada um de nós coopere com Ele. Deu-nos o Espírito Santo que nos ilumina, para vermos a disparidade que está no nosso coração, entre os nossos comportamentos e a exigência da Palavra de Deus. Tenho que ‘lavar’ os meus pecados através do Sacramento da Reconciliação. As pessoas vão, então, levantar-se para que não estejam no meio dos mortos (pecado), mas brilhem com a luz de Cristo. E aí sim, estaremos a viver a verdadeira Páscoa”, terminou

Tags Diocese

Em Destaque

Notícias atuais e relevantes que definem a atualidade e a nossa sociedade.

Opinião

Espaço de opinião para reflexões e debates que exploram análises e pontos de vista variados.

Explore outras categorias