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Charles de Foucauld: um anti-herói como paradigma

Por Noticiasdeviana
Maio 19, 2022 - Atualizado em Julho 25, 2022
in Opinião
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  1. Conversão. Não é despropositada esta palavra, por diversas vezes repetida. Conversão, acima de tudo, como “cair na conta” do que rouba a disponibilidade, dos impedimentos e lutas interiores. Conversão, entendida como orientação. Conversão, compreendida enquanto saída para a realidade ou saída para um modo reconhecível de ser cristão. Conversão, na medida em que se expressa um momento eruptivo, um deslocamento da paisagem.
    1.“Uma conversão da ideia de santidade” – como pediu o Papa Francisco no passado Domingo – é, antes de mais, uma conversão interior da Igreja.
    “Insistindo muito sobre o nosso esforço para praticar boas obras, criámos um ideal de santidade demasiado fundado em nós mesmos, no heroísmo pessoal, na capacidade de renúncia, nos sacrifícios feitos para se conquistar um prémio. Às vezes temos uma visão demasiado pelagiana da vida, da santidade”, referiu o Papa, na mesma ocasião em que era oferecida à Igreja a canonização de 10 batizados, entre os quais se encontrava Charles de Foucauld, deixando em aberto a transposição possível deste desafio para a vida global da Igreja. Não deixa, por isso, de ser absolutamente irresistível perceber de que modo o estilo de Foucauld, em particular, estimula o estilo de ser eclesial.
  2. O que se destaca, em primeiro lugar, em Charles de Foucauld, é a prioridade em se escutar a si mesmo, que é o contrário de viver numa lógica de eficácia. Foucauld terá certamente percebido que escutar o coração não é só perigoso, como, também, altamente subversivo. Não num sentido pejorativo, mas porque dentro dele vivia o perigo mais potente e subversivo com o qual nos podemos enfrentar, Jesus Cristo, por Ele encaminhar sempre para vidas mais peregrinas, mais esfarrapadas e mais incoerentes dos que aquelas que gostaríamos de viver.
  3. Algo igualmente curioso é a sua atitude diante do deserto, que tantas vezes se tem tornado o adjetivo mais comum quando queremos classificar as nossas igrejas. Aos 43 anos, Foucauld partiu rumo ao Saara, onde residirá, primeiro em Beni Abbès e, mais tarde, em Tamanrasset, ambas cidades da Argélia. Ai deixou-se, progressivamente, ser invadido pela paisagem. Mas a nossa atitude é, na sua maioria, diferente. Apostamos mais em colonizar, povoar e ocupar espaços, delimitar as fronteiras, redefinir e remarcar objetivos e planos. Olhamos para o deserto e sentimo-nos desorientados, mas foi aí que ele percebeu a possibilidade silenciosa, ao permitir ser contagiado por aquilo que via. Charles de Foucauld pretendia converter as populações muçulmanas em seu redor, mas em vez de converter alguém – a sua proposta resultou num verdadeiro fracasso apostólico – aprendeu a converter-se a si mesmo. O deserto foi para ele como a re-descoberta da sarça ardente.
  4. Frequentemente acreditamos que devemos viver a nossa vida e a busca da identidade como um exercício em que nos devemos construir, acrescentando experiências, somando conquistas, amplificando o currículo, mas Foucauld intuiu precisamente o contrário: a base da identidade é retirar, deslocar e remover até se descobrir o polo essencial. Neste âmbito, uma experiência essencial foi a contemplação, onde ele e nós somos capazes de perceber que analisamos e avaliamos muito, mas não somos capazes de olhar. Contemplação é aqui o sinónimo de um exercício de lentidão, de um olhar não mecânico, porque, em primeira instância, o mundo não é para ser transformado, mas para ser recebido.
  5. Tal como Cristo, Charles de Foucauld foi um anti-herói, na medida em que foi alguém a quem faltaram os atributos físicos e morais geralmente atribuídos aos heróis. Talvez a Igreja necessite caminhar para uma definição que parta, também, desta ausência. Talvez só o deserto tenha ainda força para nos despertar.
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