Agrupamento dos Escuteiros da Meadela de luto

A notícia do falecimento do Chefe Rego, como era assim conhecido, foi recebida com “muita tristeza” na Meadela. No dia em que completou 91 anos, os escuteiros não deixaram de assinalar a data. “O Agrupamento 348-Meadela felicita o Chefe Manuel Pires do Rego por mais um aniversário, relembrando sempre estes 50 anos de história que construiu connosco. Chefe Rego, é assim que todos nós o conhecemos e recordamos todos os bons momentos vividos em união”, lê-se numa publicação. 

O Pároco, Mons. Manuel Vilar, que também foi um dos fundadores do Agrupamento de Escuteiros, descreve-o como “um homem totalmente dado à Paróquia e ao escutismo”. “Este ano faz, precisamente, 50 anos desde a fundação do Agrupamento e estava previsto fazermos uma grande festa. Infelizmente, a pandemia trocou-nos os planos. O Chefe Manuel Rego era uma pessoa muito conhecida na Meadela e o seu falecimento causou uma dor muito grande, principalmente, aos escuteiros. Ele deu-se totalmente à instituição e às várias gerações que por ali passaram. Muitos são já pais de família”, disse, salientando que tinha ainda “muito apreço” pela fanfarra. “Procurou ser testemunho para os escuteiros. Era daquelas pessoas que defendia “preparemos e marchemos”. Metia-se sempre à frente. Na fanfarra, por exemplo, olhava para todos os elementos para ter a certeza que estavam bem vestidos. Colocava-os todos direitinhos. Era de um pormenor extraordinário”, especificou.

Manuel Rego fundou ainda, juntamente com a esposa Maria de Jesus, as Guias da Paróquia de Meadela. “Para eles, os escuteiros eram os seus filhos. Tudo o que era do escutismo, ele tinha um apreço muito especial”, frisou.

As cerimónias fúnebres realizaram-se no dia 19 de fevereiro, na igreja paroquial de Meadela.