Romaria de S. Bento do Cando é Património Cultural Imaterial

A Romaria de S. Bento do Cando, que se celebra na freguesia da Gavieira, em Arcos de Valdevez, está inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. O anúncio foi publicado em Diário da República.

Micaela Barbosa
21 Fev. 2025 2 mins

De acordo com o documento, a inscrição da Romaria de S. Bento do Cando no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial reflete “a importância da manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da respetiva comunidade, nomeadamente os romeiros e restante população das freguesias serranas dos concelhos de Arcos de Valdevez, Monção e Melgaço”.

A decisão é ainda sustentada nos “processos sociais e culturais nos quais teve origem e se desenvolveu esta romaria centenária até aos dias hoje” e, na “articulação da manifestação com o desenvolvimento sustentável e ambiental do território onde se insere – o Parque Nacional Peneda-Gerês”.

A inscrição da Romaria foi antecedida, em 2024, de um período de consulta pública, durante 30 dias. Na altura, o Pe. César Maciel, pároco daquela freguesia, assegurou ver com “bons olhos” a classificação, descrevendo-a como “uma fotografia deste tempo da romaria”.  “A romaria, como todas, está num processo evolutivo. Não é uma realidade estanque. É uma realidade maleável e, por isso, esta classificação representa a preservação de uma realidade antiga como um registo de memória. Ao mesmo tempo, aponta a sua valorização como elemento cultural essencial e que deve perdurar no tempo”, afirmou, considerando ainda a classificação como “um alerta”, não só para perceber a sua importância social e cultural, como “quanto são chamados a preservar estas realidades” para que “perdurem no tempo”. “Estamos a falar de realidades muito particulares, com características muito próprias, que já não existem em tanta quantidade quanto isso. E, por ser tão presente, por vezes, nem notamos o quanto ela vem do passado, o quão importante é registar os seus monumentos e preservá-los”, salientou.

No ‘site’ Alto Minho, da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, explica-se que “a romaria remonta, segundo as informações mais seguras, ao século XVII (a capela foi mandada construir por capítulo de visitação, em 1651) e realiza-se em três momentos anuais”.

Fotografia: Património Cultural, I.P.

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