D. Anacleto Oliveira, “missionário à maneira de S. Bartolomeu dos Mártires”

No passado Domingo, dia 18 de outubro, a Igreja diocesana de Viana do Castelo uniu-se em oração em ação de graças e sufrágio por D. Anacleto Oliveira, na ocasião em que se celebrava o Dia Mundial das Missões. Mons. Sebastião Pires Ferreira, Administrador Diocesano, presidiu à celebração na Sé Catedral, pelas 11:00, unindo estas duas intenções.

Notícias de Viana
23 Out. 2020 3 mins
D. Anacleto Oliveira, “missionário à maneira de S. Bartolomeu dos Mártires”

“Só a nossa presença permite que reconheçamos, já, a presença do Senhor entre nós”, começou Mons. Sebastião a homilia, recordando que, Domingo após Domingo, os Evangelhos nos têm feito aclarar o sentido do Reino de Deus, do mesmo modo que, nas leituras propostas no XXIX Domingo do Tempo Comum, o Senhor propõe “a singularidade do Reino”, por este não ser “um Reino semelhante aos reinos implantados na Terra, geralmente resultantes de disputas partidárias e desejos políticos”, salientando que, no entanto, “Deus reconhece e aceita a soberania dos outros reinos”, o que o levou a pedir aos fiéis que “cumpram as legítimas normas de higiene e saúde decretadas”. “Que não haja ninguém, dentro ou fora de uma igreja, que não ponha em prática esse regulamento que está divulgado”, acrescentou. Nesta linha, refletindo sobre o dito de Jesus “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, questionou a assembleia sobre o tributo que dá a Deus, frisando que este não se reduz ou circunscreve a uma dimensão monetária. “Do mesmo modo que o denário tinha o rosto de César, o nosso tributo a Deus tem o rosto de Cristo e a moeda é cada um de nós porque, pelo Batismo, sobre os ungidos do Senhor”, afirmou. “Que denário, que tributo, que oferta, damos nós?”, concluiu. 

Com efeito, retomando a mensagem do Papa Francisco para o 94º Dia Mundial das Missões, o Administrador Diocesano, convidou os fiéis a não se ficarem só por uma demonstração piedosa da sua identidade cristã, exortando-os, assim, “a assumir a responsabilidade própria de um cristão”, ou seja, “a identidade batismal de quem prega com a vida, com o modo como fala, com o modo como se relaciona com os outros, com a disponibilidade para ser enviado”. Neste sentido, e partindo desta reflexão, acrescentou que D. Anacleto foi “um autêntico missionário”: “em primeiro lugar, pela cultura bíblica que tinha (…), mas um missionário que fez de todos os recantos da nossa Diocese a sua cátedra”, através da sua capacidade de comunicação multifacetada, o que o torna um “missionário à maneira de D. Frei Bartolomeu dos Mártires”, finalizou. 

Recorde-se que D. Anacleto Oliveira faleceu no dia 18 de setembro, vítima de um acidente de viação, quando se preparava para lançar um novo ano pastoral rumo às JMJ 2023 em Lisboa.

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