Hoje, uma vez mais, nos meus pensamentos e reflexão, a vida e a experiência, ocupa o lugar. Não posso deixar de dizer que estou convencida que apenas podemos dizer, pelo menos um pouco melhor, aquilo de que somos portadores de experiência, por mais pequena que seja.
Neste sentido, hoje partilho com todos aqueles que ainda encontram tempo para ler e refletir, o que tenho vivido nestes últimos dias…
Hoje, é lugar comum, escutar-se que há muitos peregrinos que passam pelas nossas terras do Alto Minho, oriundos de muitos lugares e de todas as partes, falando os mais diversos idiomas e com os mais variados objetivos. Deixem que partilhe que estava convencida, até há bem pouco tempo, que as motivações eram profundamente religiosas. Contudo a experiência começa amostrar-se outra e as questões espirituais e, se quisermos, sincréticas encontram-se na base de tão grande procura. Motivações que vão desde uma espiritualidade animista até à procura do bem estar físico, ou uma New Age à mistura. Tudo é válido e cada peregrino é único e digno de ser respeitado na sua identidade pessoal.
Afinal o Caminho, e o Caminho de Santiago, traz consigo uma história imensa de tradições, cuja peregrinação desde tempos imemoriais ocupa o lugar central. Seja qual for a motivação que leva o peregrino a empreender o caminho, e o seu próprio caminho, certamente neste momento não posso ficar indiferente!
Quando preparamos o Caminho para viver uma Peregrinação (com profundo sentido religioso), não podemos esquecer a importância do Acompanhamento! E, não apenas o acompanhamento que fazemos ao caminhar ao lado de cada peregrino, mas todo aquele acompanhamento que requerem as questões logísticas. Dizer que muitas vezes se caminha, navegando pela internet ou falando ao telefone com aqueles que dispõem de espaços os serviços que os peregrinos necessitam… Então, é bom poder dizer que em tudo e através de todos, o acolhimento, a boa disposição, o serviço desinteressado são bens inestimáveis (e para os que as motivações religiosas nos acompanham, são essenciais) e fazem toda a diferença. O Caminho nem sempre é fácil, o ritmo de cada peregrino não é todo igual, o desgaste, o cansaço de cada dia que se vai acumulando… Então acompanhar motivando, ajudando a levantar o ânimo e prestando todo o apoio faz a diferença, mesmo à distância se pode acompanhar, apesar que o acompanhamento presencial é muito mais eficaz, pois até sem palavras se pode experimentar.
Se calhar, quem lê já fez o Caminho de Santiago como Peregrino! Se calhar não!!! Quem sabe se na próxima oportunidade, podemos, uns e outros, partilhar etapas do Caminho (e do caminho da vida!), quem sabe!
Afinal Caminho, Peregrinação e Acompanhamento entrecruzam-se na vida de todos e cada um. Basta estar atentos! Vivamos como “Peregrin@s da Esperança” neste Ano Jubilar e não deixemos de ser e permanecer “discípulos missionários”.
Bom Caminho!
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