Arciprestado de Arcos de Valdevez procura dar “um novo impulso na vivência da fé junto dos jovens e famílias”

Arcos de Valdevez é uma vila raiana portuguesa no distrito de Viana do Castelo, sendo uma das terras “mais bonitas” do Minho. Tem uma história ímpar associada a um dos factos “mais notáveis” da história do nascimento da independência portuguesa e integra uma das cinco portas do Parque Nacional da Peneda Gerês, a Porta do Mezio, o hall de entrada para “a imensidão” das montanhas e vales do Soajo e Peneda. O território arcuense é ainda marcado por uma paisagem verde, com flora e fauna abundante, arquitetura solarenga e um rio (Vez) que, de acordo com estudiosos, é o menos poluído da Europa. Aboim das Choças, Aguiã, Álvora, Arcos de Valdevez (Divino Salvador), Arcos de Valdevez (São Paio), Ázere, Cabanamaior, Cabreiro, Carralcova, Cendufe, Couto, Eiras, Ermelo, Extremo, Gavieira, Giela, Gondoriz, Grade, Guilhadezes, Jolda (São Paio), Jolda (Santa Maria Madalena), Loureda, Mei, Miranda, Monte Redondo, Oliveira, Paçô, Padreiro (Divino Salvador), Padreiro (Santa Cristina), Padroso, Parada (São João Baptista), Portela (Santo André), Prozelo, Rio Cabrão, Rio de Moinhos, Rio Frio, Sá (São Pedro), Sabadim, Santar, São Cosme e S. Damião, São Jorge, Senharei, Sistelo, Soajo, Souto, Tabaçô, Távora (Santa Maria), Távora (São Vicente), Vale, Vilafonche e Vilela são as 51 Paróquias que compõem o Arciprestado de Arcos de Valdevez, que tem como Arcipreste o Pe. Luciano Forte e onde colaboram ainda o Pe. Orlando Fernandes Carreira, Pe. Joel Gomes de Brito, Pe. José Aventino Amorim de Freitas, Pe. Bruno Manuel Gonçalves Barbosa, Pe. Vitor Manuel Pereira Fernandes, Pe. João Pereira de Castro Lima, Pe. Belmiro Esteves de Amorim, Pe. Raul de Oliveira Fernandes, Pe. César Manuel Araújo Maciel, Pe. Artur Pais Pereira, Pe. António Barbosa de Sousa e Pe. Custódio Manuel Cerqueira Branco. Com o objetivo de dar a conhecer o Arciprestado de Arcos de Valdevez em várias perspetivas, o Notícias de Viana conversou com o Arcipreste, o presidente da Câmara Municipal e duas leigas que pertencem à Pastoral Juvenil e Familiar, respetivamente.

Notícias de Viana
25 Nov. 2021 15 mins
Arciprestado de Arcos de Valdevez procura dar “um novo impulso na vivência da fé junto dos jovens e famílias”

Pe. Luciano Forte: “A nível da celebração da fé, procura-se celebrar sempre de forma digna os mistérios de Jesus e ensinar Jesus às crianças”

Luciano Reis Lima Forte da Costa tem 44 anos, dos quais 20 são dedicados ao presbitério na Diocese de Viana do Castelo.É o Arcipreste de Arcos de Valdevez, onde exerce a função de Pároco in solidum em Rio Frio, Gondoriz, Senharei, Aboim das Choças, Eiras, Mei, Sabadim, Rio de Moinhos e Aguiã.É ainda membro do Conselho Presbiteral e administrador paroquial em Monte Redondo, Jolda S. Paio, Jolda Madalena e Rio Cabrão.

Notícias de Viana (NdV): Como caracteriza o Arciprestado dos Arcos de Valdevez?Pe. Luciano Forte (P.LF): O Arciprestado de Arcos de Valdevez é um território muito extenso e com cerca de vinte mil habitantes.É composto por 51 Paróquias, as quais estão servidas com Párocos ou administradores paroquiais, na esperança de que, com a vinda do novo Bispo, possamos fazer uma reorganização paroquial mais adequada.Na Paróquia de Gavieira, localiza-se o Santuário de Nossa Senhora da Peneda, que possui uma Porta Santa, fruto da comemoração dos 800 anos de devoção a Nossa Senhora.Devido a ser um território extenso, possui muitas capelas, que por vezes, em vez de facilitar a vida paroquial, complicam, no sentido de pertença à Igreja paroquial.A nível da celebração da fé, na simplicidade das pessoas, procura-se celebrar sempre de forma digna os mistérios de Jesus e ensinar Jesus às crianças.Nota-se um certo afastamento dos jovens. As crianças fora do tempo da catequese, acabam por se afastar, em virtude de os pais não participarem na Eucaristia. 

(NdV): Que oportunidades e dificuldades se encontram na evangelização?(P.LF): A maior dificuldade são as distâncias que as pessoas têm de percorrer para se dirigirem à igreja paroquial, fazendo com que prejudique a sua colaboração na vida paroquial, bem como a sua frequência assídua à celebração da Eucaristia. Ao mesmo tempo, acaba por ser difícil congregar as pessoas todas no mesmo sítio para facilitar a formação, o ensino e a evangelização.O facto de haver muitas capelas, surge como oportunidade para encontrar as pessoas e, em menor número, transmitir a Palavra de Deus e dar alguma formação.Por outro lado, temos um grande número de festas religiosas que, para além de promover o convívio e o encontro, podem ser aproveitadas para evangelizar, desde que se consigam purificar em primeiro lugar.

(NdV): Quais as necessidades mais prementes que preocupam o Arciprestado? E o que destaca da vivência da fé neste território?(P.LF): A primeira necessidade passa por uma reorganização territorial das Paróquias, para fazer face à diminuição de vocações sacerdotais. Temos vindo a perder vários sacerdotes no Arciprestado. Por curiosidade, neste ano pastoral foram cinco, dois por falecimento e três por motivos de saúde e idade, que deixaram 11 Paróquias sem Pároco. As soluções até agora encontradas foram internas, sobrecarregando os sacerdotes, o que depois se nota nas celebrações eucarísticas dominicais, em que o sacerdote pouco tempo tem para dar a atenção devida aos fiéis. Isto faz com que seja uma dificuldade que tem de ser refletida a nível diocesano, e em que os sacerdotes sejam protegidos e, ao mesmo tempo, sejam generosos no compromisso de anunciar e celebrar Jesus Cristo.Também estamos a tentar, através da constituição das Equipas Arciprestais da Pastoral Familiar e Juvenil, dar um novo impulso na vivência da fé junto dos jovens e famílias. Primeiro há que os conquistar e, depois, evangelizar. Desta forma, conseguiremos colher alguns frutos.Sem desprezar a religiosidade popular das nossas gentes, mas vê-la como mais valia, procurar a partir daí uma evangelização que purifique o culto a Jesus Cristo e o torne mais agradável e entusiasmante.

João Manuel Esteves: “A Igreja tem um contributo relevante na dinamização social e cultural”

João Manuel Esteves é, desde 2013, o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez pelo PSD.É gestor de profissão e foi ainda vereador, assumindo a vice-presidência do Município e a responsabilidade pelas áreas de educação, turismo, desporto, cultura, associativismo, planeamento, urbanismo e desenvolvimento económico.Em 2009, foi docente convidado pelo Instituto Politécnico de Viana Castelo (IPVC) e pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) para ministrar as áreas das tecnologias de informação e comunicação, empreendedorismo, planeamento e gestão de sistemas de informação.De novembro de 2009 a outubro de 2011, assumiu o cargo de tesoureiro da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez e a responsabilidade pela gestão e coordenação dos Serviços nas áreas de saúde, ação social e educação. Já em novembro de 2011 a setembro de 2013, assumiu a coordenação do Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica.

(NdV): Qual o papel que a Igreja tem no concelho?João Manuel Esteves (JME): A Igreja é um parceiro na promoção da coesão social e territorial no concelho. Tem um contributo relevante na dinamização social e cultural, através das valências sociais que desenvolve nas freguesias do concelho.

(NdV): O que destaca da sua ação?(JME): Na ação da Igreja destaca-se a rede de respostas sociais no concelho, através das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Estas instituições desenvolvem um conjunto diversificado de serviços sociais no concelho, desde os lares de idosos ao apoio domiciliário, passando pelas creches, jardins de infância e atividades de tempos livres para crianças.Estes serviços abrangem todos os escalões etários e têm uma cobertura concelhia.

(NdV): Em que medida promove a coesão territorial e a qualidade de vida?(JME): Os serviços sociais prestados à população, promovem a melhoria de qualidade de vida dos seus utentes e das suas famílias.As IPSS fazem uma cobertura de serviços sociais nas diversas freguesias do concelho, contribuindo para que mais pessoas, e em mais locais, tenham acesso a esses serviços, o que contribui para a coesão social e territorial que preconizamos em Arcos de Valdevez.Também contribuem para a dinamização social e cultural. Com o desenvolvimento de todas estas atividades, também contribuem para a criação de emprego e distribuição de rendimento às famílias de Arcos de Valdevez.

Andreia Amorim: “É importante reforçar e implementar o espírito de união e a formação de grupos de jovens com carácter interparoquial”

Membro da Equipa Arciprestal da Pastoral Juvenil

(NdV): Como caracteriza o Arciprestado de Arcos de Valdevez?Andreia Amorim (AM): Posso caraterizar o Arciprestado de Arcos de Valdevez a três níveis: geográfico, social/demográfico e religioso.Arcos de Valdevez é um Arciprestado muito belo, com paisagens muito bonitas e uma natureza ainda muito pura, principalmente, na zona montanhosa, em que as vias de comunicação ainda são muito rudimentares. É um concelho grande e disperso, com 51 Paróquias, algumas das quais se encontram a mais de uma hora de viagem de carro.Demográfica e socialmente é um Arciprestado caraterizado pelo envelhecimento populacional e perda de pessoas em idade ativa (emigração) e marcado por uma profunda ruralidade em parte do território. A nível da Igreja, encontramos Paróquias pequenas, algumas com grande dispersão populacional. A participação nas celebrações dominicais tem vindo a diminuir, devido ao envelhecimento e morte de paroquianos e, também, devido a esta pandemia, em que as pessoas foram impedidas de ir à igreja, mas onde estão a regressar aos poucos.As gerações mais novas têm uma participação pouco ativa na vida da comunidade cristã. Os jovens vão à catequese e, depois abandonam a igreja, regressando para celebrar o Sacramento do Matrimónio e, quando os filhos nascem, pedir o Sacramento do Batismo. Ou seja, a participação das gerações mais novas limita-se aos Sacramentos, para fazer a festa porque é bonito e, muitas vezes, esquecem o seu verdadeiro sentido: são a ponte entre nós e Deus. Através deles unimo-nos a Deus e Ele a nós, através do Espírito Santo que nos dá força e coragem para enfrentar a vida.O clero ao serviço deste Arciprestado é pouco numeroso em relação ao número de Paróquias, agravando-se esta situação com o falecimento e afastamento por questões de saúde de 5 sacerdotes, que não foram substituídos por novos padres. Assim, os que estão no ativo tiveram de assumir novas Paróquias.

(NdV): Que oportunidades e dificuldades se encontram na evangelização?(AM): Em termos de oportunidades, posso frisar a escola com as aulas de Educação Moral e Religiosa Católica, o que contribui para a formação humana e religiosa dos nossos filhos. É um sinal de esperança, uma vez que ainda temos um número razoável de alunos inscritos nesta disciplina.A nível de educação cristã, temos a Catequese Familiar, implementada em alguns núcleos de catequese, como é o caso do meu. A Catequese Familiar pode ser a esperança, pois o envolvimento dos pais é muito importante para a felicidade dos filhos e isto leva ao crescimento da fé e à formação cristã das famílias. Com este projeto, verificamos o regresso das famílias para uma vida de fé e oração, como nos tempos dos nossos avós.A realização da Jornada Mundial da Juventude 2023, em Lisboa, deve ser outra oportunidade para formar e envolver jovens na vida da comunidade de Arcos de Valdevez, onde existe uma “debandada”, como diz o Papa Francisco, onde os nossos jovens abandonam a Igreja e a catequese, por esta não os convencer e não lhes dar testemunho de Cristo.É importante reforçar e implementar o espírito de união e a formação de grupos de jovens com carácter interparoquial. Para isso, deviam reorganizar-se as Paróquias e constituir unidades pastorais para chegar a informação a todas as Paróquias. É uma oportunidade e um desafio urgente.Uma das maiores dificuldades que temos é a falta de cristãos comprometidos com a comunidade paroquial. São poucos os que assumem os serviços na Igreja. Precisamos de formação religiosa para os cristãos em geral, mas principalmente para os catequistas, que é o ministério que assumo na minha Paróquia. A nível da organização das Paróquias, devia haver mais união para permitir um trabalho comunitário mais alargado. As informações da Diocese, por vezes, não nos chegam atempadamente, o que dificulta alguns trabalhos que se deviam fazer e não são feitos.(NdV): Quais as necessidades mais prementes que preocupam o Arciprestado?(AM): A necessidade mais urgente será a formação religiosa e espiritual dos cristãos, principalmente de todos os agentes pastorais.Outra necessidade é a valorização dos movimentos laicais existentes, bem como implementar ou reforçar movimentos a nível juvenil, familiar e de saúde.Precisa-se de trabalhar na formação espiritual dos fiéis, para maior e melhor centralidade da participação na Eucaristia dominical, bem como na recuperação de algumas formas de piedade popular que permitem alimentar a nossa fé. Outra necessidade que nós, leigos, sentimos é a presença e proximidade dos Párocos, que nem sempre se faz sentir, devido às suas inúmeras solicitações/ocupações. Dificilmente podem estar tão presentes nas comunidades quanto seria de desejar. Cada vez têm mais Paróquias, o que impede uma presença mais constante.Também precisamos de ter equipas formadas para acompanhar e dignificar os momentos de maior fragilidade, como as visitas aos doentes e o acompanhamento das famílias enlutadas. É uma necessidade e oportunidade de perceber que a Igreja deve ser um “Hospital de Campanha” como tantas vezes pede o Papa Francisco. Precisamos de ser uma Igreja atenta ao nosso próximo e ajudá-lo nas horas de aflição.(NdV): O que destaca da vivência da fé neste território?(AM): Viver a fé é a experiência do encontro pessoal com Jesus. Quem não se deixa encontrar e invadir pelo Senhor, não vive a experiência de estar em constante encontro com Ele.Por vezes, a fé é vivida de um modo superficial, na medida em que temos uma fé mais ligada à tradição do que ao compromisso com Jesus Cristo. Não abraçamos o encontro com o Senhor com convicção. A verdade é que vivemos este encontro com pouca contemplação e isto nota-se nas festas religiosas e nas festas dos Sacramentos, em que se dá mais importância ao materialismo (decorações excessivas, a roupa, onde comer…) do que ao que é verdadeiramente importante (Eucaristia e toda a sua simbologia).Temos de ser cristãos mais comprometidos e participativos na vida comunitária. Dar importância ao verdadeiro motivo das festas, que é o encontro e união com Deus. Nestes dois últimos anos, constatei que as famílias estiveram mais focadas na vivência da Eucaristia no dia da primeira comunhão. Foram famílias comprometidas, participando de uma forma ativa na Eucaristia.  Talvez este tenha sido um ponto positivo que esta pandemia nos trouxe: celebrações em grupos pequenos, o que fez com que as famílias tivessem uma participação mais ativa do que o costume.

Inês Rocha Rodrigues: “É preciso reavivar a sacramentalidade das famílias e dar-lhes o devido apoio, para enfrentarem o mundo de hoje“

Membro da Equipa Arciprestal da Pastoral Familiar

(NdV): Como caracteriza o Arciprestado de Arcos de Valdevez?Inês Rocha Rodrigues (IRR): O Arciprestado de Arcos de Valdevez tem como uma das principais características abranger uma grande área geográfica, onde se espalham pequenas vilas e aldeias. Lugares habitados por uma população tendencialmente envelhecida, que vive ao ritmo da terra, nos seus afazeres rurais. Os transportes públicos, em muitos lugares resumem-se ao táxi, muito dispendioso, reservado a viagens absolutamente necessárias. Culturalmente, são um povo bastante ligado a tradições e costumes, nos quais se enquadram atividades de cariz religioso. Apesar dos mais idosos serem pessoas de grande devoção e participação ativa na vida religiosa, para outros, nomeadamente emigrantes, a participação na Igreja é apenas marcada na semana da festa/romaria do padroeiro da terra. 

(NdV): Que oportunidades e dificuldades se encontram na evangelização?(IRR): Os Párocos são poucos, cada um deles com múltiplas freguesias a cargo, por vezes distantes entre si vários quilómetros. Nos últimos anos, perdemos alguns sacerdotes, quer por doença quer por falecimento, tendo os restantes ficado encarregues das Paróquias afetadas. Juntam-se ainda os múltiplos afazeres administrativos que cabem aos sacerdotes responsáveis por instituições de cariz social, como lares ou creches. Fica o povo com a estranha sensação de que os Párocos têm pouca disponibilidade para atendimento espiritual, por estarem ocupados com gestão ou administração ou burocracias. Por outro lado, não há o costume de delegar em leigos tarefas, nem a população habituada a que um leigo seja figura de referência para resolução de questões relacionadas com a Igreja. Por exemplo, não é bem aceite que se realize a Celebração da Palavra em lugar da Santa Missa, por ausência programada do Pároco. Ainda assim, as missas dominicais e a catequese têm bastante participação, mantendo-se a procura dos Sacramentos. Por vezes, esta procura dos Sacramentos (nomeadamente, batizados e casamentos) é motivada pelos costumes familiares e pela realização da festa, mas não pelo seu verdadeiro sentido católico. Cabe à Igreja usar cada um destes momentos para evangelização e conversão. 

(NdV): Quais as necessidades mais prementes que preocupam o Arciprestado?(IRR): Acredito que, para crescermos, temos de abraçar o desafio de cativar os mais jovens, investindo neles, que são o futuro, modernizando os meios de comunicação (do Vaticano tem chegado um ótimo exemplo como a app “click to pray”) e na reinvenção das atividades de evangelização.

(NdV): O que destaca da vivência da fé neste território?(IRR): Parece-me fundamental destacar as famílias, que no seu papel de “Igrejas domésticas” são um pilar fundamental da nossa fé, à semelhança da Sagrada Família.É preciso reavivar a sacramentalidade das famílias e dar-lhes o devido apoio, para enfrentarem o mundo de hoje. A seara é grande e os trabalhadores são poucos.

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