Acolher

O terceiro ano jubilar começou. As iniciativas pastorais nele previstas apontam para uma renovação constante do tecido diocesano. Somos Igreja que acolhe (SIA) é a nova Carta Pastoral do senhor Dom Anacleto Oliveira, nosso bispo. Estamos a ruminar estas quarenta páginas que auguram um renovado espírito para a diocese. Estruturada em sete capítulos, a Carta Pastoral promete ser uma suculenta síntese do que se fez, do que agora é feito e do que se fará pela orientação do bispo diocesano: as células (as comunidades) da Igreja diocesana vivem empenhadas, ao ritmo do Centro de diretrizes.

Notícias de Viana
8 Nov. 2019 3 mins

Triénio jubilar

O senhor bispo centrou-nos no agradecimento que deve brotar sempre de todo o cristão, pessoalmente considerado ou na sua comunidade crente; agradecer é muito próprio de filhos que se sabem e sentem amados pelo Pai e que dele recebem tantas manifestações de amor, mesmo em cenários imprevistos. Deus preside a toda esta orquestração do mundo. Somos

Igreja que agradece sempre, quotidianamente, lembrámos no ano pastoral 2017-2018. O cristão leva à prática a sua fé; nesse sentido é missionário fazendo pautar a sua vida pela evangelização constante, já que diz com Paulo “ai de mim se não evangelizar” (1 Cor 9, 16). Passa a sua vida deixando marcas do Evangelho ao seu redor. Mesmo nas encruzilhadas difíceis da sua vida, procura ser um evangelho vivo, nos mais diversos cenários. Somos Igreja que evangeliza, recordávamos no ano pastoral 2018-2019.

Para este ano pastoral (2019-2020) ruminaremos o acolhimento. É uma vertente interna do Evangelho de Jesus que se procura viver. Não apenas uma recomendação anexa, mas uma linha fundamental que norteia cada cristão.

Oração e júbilo

Acolher pressupõe para o crente saber-se sempre acolhido pelo Pai e viver como filho, o que implica uma experiência omnipresente da dinâmica que entre nós dá pelo nome de oração. Assim começa a recente Carta Pastoral: oração como atitude fundamental, exigência de escuta permanente, que faz “comunhão com todos os diocesanos” (SIA 02).

Oração pessoal que pode exprimir-se, na linha do magistério do Papa Francisco, em momentos de pura contemplação, em momentos de intercessão, em momentos de ação de graças (SIA 03): oração que compromete e estimula, provocando em cada um uma abertura mais constante ao acolhimento.

O cristão acolhe, tendo sentido o acolhimento de Deus (SIA 12) na sua vida repleta de imperfeições e “aberta ao sopro do Espírito” (SIA 05), pois “só há Igreja se esta acolhe” (SIA 07). “A oração é a alma da Missão”.

A circunstância é de exultação pela recente canonização de São Paulo VI e de São Bartolomeu dos Mártires, “respetivamente, no princípio e fim do ano pastoral” (SIA 11). Motivos de redobrado júbilo neste terceiro ano jubilar, pois temos poderosos intercessores: quem erigiu a diocese e quem foi seu insigne arcebispo no século XVI, quando ainda pertencíamos ao território da arquidiocese de Braga. A festa solene será em Braga a 10 de novembro próximo.

Esta Carta Pastoral vai apoiar a caminhada de todos, apresentando o evangelho de Mateus cuja leitura se inicia em fins de novembro na liturgia e se medita em todo o próximo ano litúrgico (ano A). É em “São Mateus (que encontraremos) o melhor apoio”, evangelho “vincadamente eclesial” (SAI 12). Sejamos Igreja refletida e vigilante!

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