A Unidade Local de Saúde Alto Minho (ULSAM) instaurou um inquérito interno para apurar “os factos e avaliar os procedimentos adotados” a um utente, diagnosticado com um enfarte do miocárdio 36 horas depois de ter dado entrada no hospital.
Numa nota de esclarecimento, a administração da ULSAM explicou que teve conhecimento do caso após a reportagem da CNN/TVI e adiantou que o utente “não efetuou qualquer exposição ou reclamação nos canais internos da instituição”.
Em causa está o caso de Ricardo Gonçalves, de 48 anos. Em outubro de 2023, deu entrada no hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, com sintomas que associou às de um enfarte do miocárdio, mas só 36 horas depois é que o diagnóstico confirmou as suas suspeitas. “A médica disse-me: eu mandava-o já para casa, que sei que isto é uma dor muscular, mas pelo protocolo sou obrigada a repetir as análises”, contou em declarações à CNN/TVI.
Segundo Ricardo Gonçalves, “a primeira suspeita de enfarte só lhe foi comunicada por outra equipa médica, 24 horas depois, na noite de 19”, tendo acabado, no dia 20, por ser transferido para Braga para receber tratamento. “O Ministério Público junto do Tribunal de Viana do Castelo instaurou um inquérito na sequência de queixa-crime apresentada pelo doente”, lê-se na notícia.
A ULSAM afirma “já ter sido chamada a pronunciar-se”. “No âmbito desse processo, o tribunal solicitou registos clínicos, os quais foram remetidos nos prazos estabelecidos”, referiu, acrescentando: “Reafirmamos o compromisso da instituição com a qualidade e segurança dos cuidados prestados aos nossos utentes, aguardando a conclusão do inquérito interno para um esclarecimento cabal dos acontecimentos.”
c/Lusa
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