Ciclo de Órgão de Viana do Castelo “amplo em cultura”

Órgãos do Arciprestado de Viana do Castelo vão tocar na 2ª edição do Ciclo do Órgão, que vai decorrer de 1 a 9 de outubro. O evento, promovido pelo Secretariado Diocesano da Liturgia com o apoio do Município, visa valorizar o órgão e o património construído, sensibilizar para a importância do restauro e manutenção dos órgãos, assim como para a sua regular e criteriosa utilização.

Notícias de Viana
22 Set. 2022 4 mins
Ciclo de Órgão de Viana do Castelo “amplo em cultura”

O Bispo da Diocese, D. João Lavrador, começou por louvar o evento “amplo em cultura” e referiu que “valorizar o órgão, sobretudo, o órgão clássico, é muito importante”. “É uma obrigação fazer a devida recuperação dos órgãos, até porque serve de estímulo para o presente. A cultura é para todos, e os órgãos devem ser usufruídos por todos”, defendeu, frisando que o evento é “uma expressão da arte, cultura e beleza”. “Este ciclo de órgão, que tem a componente de estar ligado a outras expressões, é uma grande iniciativa para Viana do Castelo e poderá ter uma expressão muito mais abrangente, e dar a ver a riqueza que está nas igrejas, nos monumentos e em órgãos”, afirmou.

O Pe. Tiago Rodrigues, diretor do Secretariado de Liturgia da Diocese de Viana do Castelo, apontou que “a consciência do órgão e do restauro é diferente e mais consciente, procurando preservar as caraterísticas originais de cada instrumento”. “Viana do Castelo tem 22 preciosidades, 16 das quais estão silenciadas há mais de meio século, mas acreditamos que algumas estão no seu estado original. As restantes (seis) vão ser utilizadas no Ciclo de Órgão”, referiu, agradecendo o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo.

O responsável explicou ainda que o evento se centra em três dimensões: cultural, pedagógica e pastoral. “Para além de querermos sensibilizar e valorizar o órgão, pretendemos ainda desmistificar e educar as pessoas para este património”, salientou, adiantando que, “para já”, o Ciclo de Órgão realizar-se-á no Arciprestado de Viana do Castelo “porque reúne o maior número de instrumentos”. “Já tem sido feito um trabalho muito interessante na valorização e restauro deste património noutros Arciprestados”, acrescentou.

Já o presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, referiu que este é um projeto diferente “que marca de forma muito positiva o concelho”, assegurando que este evento “valoriza o restauro e o trabalho de dinamização do património religioso de Viana do Castelo, que traz vida a estes equipamentos”.

O Ciclo arranca dia 01 de outubro, na igreja da Misericórdia, às 21h00, com Órgão Solo, por Fernando Miguel Jalôto. Dia 02 de outubro, a igreja de Serreleis acolhe, às 16h00, Órgão e Trompete Barroco, por António Pedrosa (órgão) e João Milheiro.

No dia 05 de outubro, a igreja de São Domingos recebe, às 16h00, Órgão e Coro, com Diogo Zão (órgão) e Coro de Pequenos Cantores de Esposende. Dia 07 de outubro, às 21h00, a igreja de Areosa é palco de um concerto de Órgão e Soprano, por Bruno Teixeira (órgão) e Daniela Matos.

A 08 de outubro, a igreja da Senhora da Agonia acolhe, às 21h00, Órgão e Flauta Transversal, por André Bandeira (órgão) e Olavo Barros. A encerrar o ciclo de concertos, a Sé Catedral recebe, às 15h30 de 09 de outubro, Órgão e Coro, com Ricardo Toste (órgão) e Moços do Coro.

O Ciclo de Órgão integra ainda masterclasses e formação. Dias 01 e 08 de outubro, a Academia de Música de Viana do Castelo promove, entre as 14h00 e as 17h00, Improvisação ao Teclado, com Samuel Pinto.

Na formação, dia 05, a igreja da Misericórdia recebe a iniciativa “Conhecer o interior do órgão de tubos”, visita guiada por Dinarte Machado, entre as 10h00 e as 12h30. A 08 de outubro, a igreja de Serreleis promove um Encontro de Organistas Paroquiais, entre as 10h00 e as 12h30, com a presença de Samuel Pinto.

Neste evento poderão, assim, ser escutados seis órgãos: da Igreja da Misericórdia, datado de 1721, da Sé Catedral, de 1790, da igreja paroquial de Areosa, de 1806, da igreja de São Domingos, do início do século XIX, da igreja paroquial de Serreleis, de 1793, e na igreja da Senhora da Agonia, que tem um órgão a necessitar de restauro, mas será possível ouvir um órgão positivo.

Tags Religião

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