Em Portugal, uma mulher é assassinada em contexto de violência doméstica a cada duas semanas. O número assusta, mas a realidade é ainda mais grave: muitas vítimas continuam a sofrer em silêncio, por medo, dependência financeira ou falta de informação. A violência doméstica não escolhe idade, classe social ou género – e o impacto destrói vidas, famílias e comunidades. Sendo um crime público, qualquer pessoa pode e deve denunciá-lo.
As vítimas têm direito a proteção imediata, incluindo o afastamento do agressor, apoio psicológico e assistência jurídica gratuita em muitos casos. Para além do processo criminal, podem requerer medidas de proteção, avançar com o divórcio ou regular as responsabilidades parentais, garantindo a segurança dos filhos. Na QUOR Advogados, acompanhamos de perto estas situações, ajudando vítimas a sair de ciclos de violência e a reconstruir as suas vidas com dignidade e segurança.
Mas a responsabilidade de agir não é apenas da vítima. Amigos, familiares, vizinhos e até colegas de trabalho desempenham um papel essencial. Se notar sinais de abuso – como medo constante, isolamento ou justificações frequentes para ferimentos – pergunte com empatia, sem julgar, e incentive a pessoa a procurar ajuda. Também os profissionais de saúde e educação devem estar atentos e encaminhar potenciais casos para as autoridades. A denúncia pode ser feita de forma anónima em qualquer esquadra da PSP, posto da GNR ou através da Linha Nacional de Emergência Social (144).
A violência doméstica não é um problema privado – é um problema de todos. Se conhece alguém nesta situação, não ignore. Se vive esta realidade, lembre-se: não está sozinho(a). Informar-se sobre os seus direitos pode ser o primeiro passo para mudar a sua vida. O silêncio protege o agressor, mas a denúncia salva vidas.
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