Viana do Castelo celebra 160 anos da morte de Frei João d’Ascensão de Neiva

A Diocese de Viana do Castelo vai associar-se aos 160 anos da morte de Frei João d’Ascensão de Neiva com “algumas iniciativas” que visam “ressurgir a memória e manter viva a presença de um carmelita descalço de culto popular neste território”.

Notícias de Viana
9 Abr. 2021 3 mins
Viana do Castelo celebra 160 anos da morte de Frei João d’Ascensão de Neiva

Natural de São Romão de Neiva, o “Fradinho do Carmo”, como é assim lembrado, nasceu a 26 de outubro de 1787, na freguesia de São Romão de Neiva, Concelho de Viana do Castelo. O religioso, da Ordem dos Carmelitas, dedicou a sua vida aos outros e assumiu sempre uma postura humilde e de devoção. Nos últimos anos de vida, refugiou-se na cidade de Braga, onde acabou por falecer, em 1861. 

Para o Administrador Diocesano de Viana do Castelo, Mons. Sebastião Pires Ferreira, o exemplo de Frei João concretiza-se numa “vida dedicada inteiramente à oração e contemplação”. Completando-se os 160 anos da sua morte, a Diocese de Viana do Castelo “associa-se ao hino de louvor a Frei João d’Ascensão de Neiva pelas maravilhas que prodigalizou em favor do seu povo, através da total entrega, do dedicado empenho e da fiel consagração virginal”.

O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, reconhece “o privilégio de Viana do Castelo ter homens bons, que se distinguem entre os demais, como foi Frei João d’Ascensão. É recordado como um homem íntegro, um homem humilde que apoiava os necessitados e que entregava o seu coração às mais nobres causas”. 

“Recordar os 160 anos da morte Frei João d’Ascensão dá-nos ainda mais certeza que Viana tem um património inesgotável, deixando-nos, com certeza, muito satisfeitos”, explica a vereadora do Património e Equipamentos Culturais da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Carlota Borges. “Viana do Castelo não passa, de todo, ao lado desse sentimento e património religioso. Neste sentido, a Câmara Municipal de Viana do Castelo está totalmente disponível para apoiar a nossa história, o nosso património e recuperar estas memórias”, acrescenta.

A data ficará ainda marcada com o lançamento de um livro biográfico que ainda não tem data de apresentação. Intitulada “O resgate (da memória) de Frei João d’Ascensão”, a obra é da autoria de Frei João Costa e pretende lembrar um “santo que estava esquecido”, sendo esta data “uma feliz oportunidade para resgatar a memória da sua vida santa”.

Frei João d’Ascensão está repleto de cultos e devoções. Ao longo da sua vida manteve sempre uma postura de humildade, devoção, simplicidade e de caridade. Foram-lhe atribuídos, pelos populares, diversos milagres. Foi batizado com o nome de João Luís de Passos e ingressou na Ordem dos Carmelitas Descalços aos 16 anos de idade, no Convento dos Remédios, em Lisboa. 

Após a Profissão Solene, tomou como nome Frei João d’Ascensão. Concluído o Noviciado, em 1804, iniciou a sua intensa formação filosófica e teológica nos colégios superiores da Ordem. No ano de 1810, com 23 anos, foi ordenado sacerdote em Braga. 

Quando foram extintas as ordens religiosas, em 1834, encontrava-se no Convento de Carnide em Lisboa. Refugiando-se sucessivamente em casa de amigos e familiares, contraditou o decreto ministerial e continuou a cumprir individualmente os preceitos religiosos. Por isso mesmo, esteve algum tempo preso. Em 1839, após sair da prisão, instalou-se na cidade de Braga.

Está sepultado na Igreja do Carmo, em Braga.

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