A Romaria de S. João d’Arga está enquadrada na categoria Procissões e Romarias e pretende valorizar não só o património imaterial associado às tradições, às manifestações de fé, à música e às danças e à ligação das festividades com o profano, mas também dar a conhecer o património do local, nomeadamente o Mosteiro de São João d’Arga, cuja data de fundação é imprecisa e varia consoante as fontes, mas cujas primeiras referências provêm de 1252 através do testemunho dos frades beneditinos que restauraram e ocuparam o edificado. A Romaria realiza-se anualmente, desde há vários séculos, no Santuário de São João d’Arga, local onde se encontra a capela com o mesmo nome, conhecida, principalmente, pelas suas danças e cantares e pela beleza típica dos trajes coloridos das suas romeiras, característicos do Alto Minho. A romaria tem início no dia 28 de agosto de manhã, com as celebrações religiosas. Às 10 horas entra a banda de música no recinto, seguindo-se a Eucaristia e sermão. À tarde a Procissão: segue na frente o guião, ladeado por lanternas, as irmandades e respetivos pendões e os dois andores com fitas de seda e grinaldas. Primeiro o de Santo Aginha e depois o de São João Batista. Seguem-se os penitentes, os “amortalhados”, o pálio, as duas bandas e o povo. Na noite de 28 para 29, assiste-se ao despique das bandas de música que, energicamente, tocam com alegria e euforia, interagindo com os romeiros que as acompanham cantando os mais diversos estilos musicais.
A Câmara Municipal de Caminha avançou também com a candidatura da Festa de Nossa Senhora da Bonança, em Vila Praia de Âncora, na categoria Festas e Feiras. Celebrada desde finais do século XIX, a festividade afirmou-se, desde logo, no Vale do Âncora e no Alto Minho, como uma das mais caraterísticas da região, não só pela devoção à padroeira dos pescadores, mas também pelo seu vasto programa, que atrai muitas outras pessoas do Concelho e da região, que aqui acorrem para celebrar e festejar os momentos religiosos, culturais e de diversão. Realiza-se anualmente no segundo fim de semana de setembro com um forte cartaz cultural, onde não falta a presença dos melhores grupos de música variada, bandas filarmónicas, dança, folclore, cortejo etnográfico, procissões de profunda religiosidade por mar e por terra, fogo-de-artifício, divertimentos populares para crianças e adultos, boa comida e bom vinho. O ponto alto da festa é a imponente Procissão ao Mar, que se realiza sempre à quinta-feira, com a participação de dezenas de embarcações engalanadas, que se vestem a rigor na melhor tradição folclórica do Alto Minho.
Por seu lado, a Junta de Freguesia de Riba de Âncora apresentou, e viu aceite, o Ramo de Andor, na categoria de Artesanato. O Ramo de Andor, chamado incorretamente palmito, é um arranjo floral considerado uma das mais belas criações do artesanato vianês. Em Riba de Âncora, a família Sales maximiza esta bendita arte. Na realidade estes andores são obra máxima da mais sensibilizante criação popular.