Outubro, o mês do rosário e das missões

Em plena luta contra a pandemia, estamos no mês do Rosário: um tempo de olhar para a mãe do Céu, de a saudar mais frequentemente, de lhe pedir auxílio nas dificuldades, de a louvar de forma assídua. Outubro é, também, mês das Missões: Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das Missões, (1/10) e dia das Missões (18/10).

Notícias de Viana
8 Out. 2020 3 mins
Outubro, o mês do rosário e das missões

No dia 07/10 está registada a Memória Obrigatória da Senhora do Rosário no Missal:  Gregório XII institui-a, e Pio X colocou-a no dia em que hoje ainda se celebra. Foi Clemente XI, em 1716, que a “alargou a toda a Igreja” para “comemorar a vitória de Lepanto sobre os turcos no ano de 1521, travando assim o avanço muçulmano na Europa”. Com esta memória, confirma-se e incrementa-se também a recitação do Rosário (ou do Terço) pela meditação dos mistérios da vida de Jesus e de sua mãe: Maria vela por todos os seus filhos; por isso se contempla na sua entrega ao plano de Deus. Foi Leão XIII que lhe consagrou todo o mês de outubro e introduziu na ladainha a invocação de Nossa Senhora do Sacratíssimo Rosário que ainda hoje se reza (PJR – Invocações de Nossa Senhora em Portugal, 522).

Mantem-se, entre nós, o costume de distribuir a sequência dos mistérios pelos dias da semana: os gloriosos ao domingo e à quarta, os gozosos à segunda e ao sábado, os dolorosos à terça e à sexta, os luminosos à quinta (Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia – DPPL 200, modificado por S. João-Paulo II). Esta ordem sequencial deve ser alterada sempre que há uma “oposição entre o conteúdo dos mistérios e o conteúdo litúrgico do dia” (DPPL 200). Assim em festas de Nossa Senhora é de meditar o conjunto dos mistérios gozosos, independentemente do esquema tradicional; o dia litúrgico tem prioridade sobre a sequência tradicional (DPPL 200).

“O Rosário é uma oração excelente, mas o fiel deve sentir-se livre, atraído a rezá-lo, em serena tranquilidade, pela sua beleza intrínseca” (DPPL 202). Faremos o possível da nossa parte, permitindo aos fiéis um confiante momento de oração por Maria. Assim conseguiremos, com amor, aproximar as comunidades do sentido da maternidade divina de Maria, sem prejudicar qualquer outro princípio dogmático.

O mês de outubro lembra ainda que, “surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda, estamos todos no mesmo barco, frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo, importantes e necessários” (Santo Padre – Eis-me Aqui, 2), convidados “para entrar na dinâmica do dom de si mesmo (EA 5), impelidos a ser enviados em missão “por toda a parte”; também junto dos mais próximos. “Discípula missionária do seu Filho Jesus, Maria continue a amparar-nos e a interceder por nós” (EA 9).

Habituados que estamos agora ao uso de um novo acessório, a máscara, procedendo a uma higienização mais assídua das mãos, convencidos da importância de maior distanciamento social, vamos inventando novas formas de estar próximos com o coração, de repartir afabilidade pelos demais, de telefonar amiúde para avivar amizades, de rezar uns pelos outros. O mês de outubro é propício para reinvestir na dimensão oculta de todos e pedir a Deus, por Maria, que nos alcance o fim desejado desta pandemia e nos torne missionários em nosso ambiente.

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