“O segredo do verdadeiro acolhimento é sermos pequenos”, disse D. Anacleto

O Bispo, D. Anacleto Oliveira, presidiu, na tarde do último domingo, na Catedral, à Eucaristia de encerramento da Semana da Diocese, que marcou também a conclusão do Dia Diocesano da Música Litúrgica e que, este ano, coincidiu com o dia da criação da Diocese.

Notícias de Viana
5 Dez. 2019 4 mins
“O segredo do verdadeiro acolhimento é sermos pequenos”, disse D. Anacleto

Na sua homilia e, tendo presente o lema da Diocese neste Ano Pastoral (“Somos Igreja que Acolhe”), o Bispo Diocesano começou por referir que “o acolhimento não é apenas uma necessidade eclesial, mas humana”, explicando que “vivemos porque fomos acolhidos logo no seio materno e, depois, na família, na Igreja, na escola, no trabalho, podendo dizer-se o mesmo de outras dimensões da vida humana”.

“Vivemos porque somos acolhidos e, simultaneamente, vivemos na medida em que acolhemos os outros e, por isso, o acolhimento é identitário da própria vida humana, pois o ser humano é, por natureza, um ser social que não pode viver isolado” disse ainda D. Anacleto, antes de colocar as seguintes questões: “E quando alguém não me acolhe? E quando sou rejeitado? E quando, porventura, eu não acolho e rejeito os outros?”.

Nessas ocasiões, explicou o Bispo, “o segredo para o verdadeiro acolhimento está na estatura, ou melhor, na baixa estatura de que falava o Evangelho escutado na celebração a propósito de Zaqueu, uma figura caracterizada pela pequena estatura física, mas sobretudo pela pequena estatura moral e social, porque, aproveitando-se da sua função de cobrador de impostos, ficava com mais do que aquilo a que tinha direito, tornando-se pequeno aos olhos dos outros”.

A partir deste exemplo, D. Anacleto referiu que “a primeira condição para sermos acolhidos e acolhermos é sermos pequenos, reconhecermo-nos limitados e, por isso, com necessidade dos outros”. E acrescentou: “Deus acolhe-nos, não tanto pelo bem que fazemos, mas para fazermos bem aos outros”.

O Bispo terminou a sua reflexão invocando Maria, Padroeira da Diocese, e que se manifesta como Mãe na medida em que acolhe. 

“Cantoral Nacional para a Liturgia” apresentado aos grupos corais da Diocese

Antes da Eucaristia, os grupos corais da Diocese reuniram-se, no Centro Pastoral Paulo VI, em Darque, no Dia Diocesano da Música Litúrgica. Depois da Sessão de Abertura, que contou com a presença do Bispo Diocesano, teve lugar a apresentação do Cantoral Nacional para a Liturgia, por Emanuel Pacheco, do Serviço Nacional de Música Sacra. Trata-se de uma publicação que “apresenta cânticos adequados” às celebrações litúrgicas, partindo da produção tradicional e também dos últimos decénios, isto é, “cânticos com textos e melodias novas, e cânticos com textos novos e melodias preexistentes”. Além disso, o Cantoral “difunde, mediante escolhas feitas, alguns critérios de reconhecimento e seleção de cânticos, que ajudem a uma escolha mais atenta a nível local”.

De seguida, os participantes dividiram-se por workshops: Canto – Maestro Vítor Lima (Maestro do Coro VianaVocale, Academia de Música de Viana do Castelo); Direção Coral – Emanuel Pacheco (Serviço Nacional de Música Sacra); Órgão – pe. Jorge Barbosa (Diocese de Viana do Castelo). Ainda antes do almoço e de se dirigirem para a Sé, os participantes tiveram um ensaio para a celebração da tarde. 

Con. José Paulo Abreu recordou “atualidade e pertinência” da vida e obra de Bartolomeu dos Mártires

A Semana da Diocese ficou ainda marcada pela Assembleia Diocesana do Clero, que decorreu na terça-feira, dia 29, no Santuário da Senhora da Peneda (Gavieira – Arcos de Valdevez) e que registou a presença de cerca de sessenta sacerdotes da Diocese. 

Depois da Oração de Laudes, num dos mais emblemáticos Santuários da Diocese, teve lugar uma reflexão subordinada ao tema “São Bartolomeu dos Mártires: Ardere et Lucere”, da responsabilidade do Con. Doutor José Paulo Abreu, Vigário Geral da Arquidiocese de Braga. Na proximidade da Proclamação Solene da Santidade de Bartolomeu dos Mártires, o especialista em História da Igreja destacou a atualidade e a pertinência da vida e da obra de Bartolomeu dos Mártires. Lembrou ainda como o seu modo de ser Pastor deve interpelar os sacerdotes no exercício do seu ministério.

O encontro terminou com o almoço, num espaço de Castro Laboreiro, em Melgaço. 

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