In memoriam: Pe. José Luís Esteves do Couto

Conheci o Pe Zé Luís já nas suas paróquias das Argas e Dem, após a ordenação, mas só privei mais de perto com ele, quando desceu para Vila Franca e me convidava para ir frequentemente à Festa das Rosas, na oferta dos cestos floridos a Nossa Senhora.  Já tinha passado por aquela terra, em iguais […]

Notícias de Viana
2 Nov. 2023 3 mins
In memoriam: Pe. José Luís Esteves do Couto

Conheci o Pe Zé Luís já nas suas paróquias das Argas e Dem, após a ordenação, mas só privei mais de perto com ele, quando desceu para Vila Franca e me convidava para ir frequentemente à Festa das Rosas, na oferta dos cestos floridos a Nossa Senhora. 

Já tinha passado por aquela terra, em iguais circunstâncias, antes de ele paroquiar esta terra da Ribeira Lima. Mas conhecemo-nos melhor, por motivos da minha amizade com o seu tio sacerdote com quem viajei até ao outro lado do mundo pela China, Hong Kong, Macau, Índia, Nepal, em anos diferentes. Herdou do tio não só a paróquia de S. Romão, mas também o gosto pelo grupo de Viana e arredores que com a D. Isaura de Outeiro organizava, depois da morte do Pe Moreno de S Romão as viagens, que vinham já de longe. 

Com ele fui até à Arménia, Geórgia e Azerbaijão. Na Arménia os meus conhecimentos bíblicos ficaram mais cimentados com a visita ao monte Ararate, onde teria pousado a Arca de Noé. Mas agora que o Pe Zé Luis partiu para a última viagem, não posso esquecer que conheci a Tia Marta, irmã do seu tio Pe Moreno do Couto, que antes das viagens cuidava do grupo para que nada faltasse nas primeiras horas, até cuidando do farnel. Herdou a sobrinha Marta também com o mesmo nome, que era alma do grupo com toda atenção, carinho, simpatia e desembaraço que a levava a estar atenta a tudo como a Marta do Evangelho e acompanhou o seu familiar – Pe José Luís – até aos últimos dias. 

Conheci esta família de perto e por isso admiro nele, no Pe Zé Luís, a dedicação aos rebanhos, que lhe estavam confiados, com um à vontade e proximidade de louvar, mesmo a cheirar às ovelhas, no dizer do Papa Francisco e atento ao sector social, dado que Vila Franca tem uma estrutura de invejar e todo o espaço envolvente foi obra do seu trabalho e dedicação. Herdou do tio em S. Romão o mesmo trabalho social, mantido com todo o carinho, ajudado pelas familiares próximas. 

Há um filme que tem por título, traduzido livremente, “As aves recolhem-se para morrer” e isso me fez lembrar o recolhimento nos últimos tempos no silêncio da casa familiar em Santa Marta para partir, assim sem dizer nada a ninguém . Era um padre zeloso, amigo, alegre, dedicado e feliz. Agora espero e peço para ele a felicidade eterna e que este viveiro de vocações que foi Santa Marta continue a dar frutos tão necessários para a nossa diocese, em questão de vocações. Que descanse em paz! Estamos unidos em presbitério à família de sangue com a nossa amizade e prece.

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