Elsa Afonso: “É uma experiência única”

Na semana dos dias 12 e 13 de maio, centenas de peregrinos deixam o conforto das suas vidas para ir a pé a Fátima. Elsa Afonso é natural de Santa Marta de Portuzelo, em Viana do Castelo, e é a terceira vez que se junta à sua “família de peregrinos” para fazer o percurso de mais de 200 quilómetros até ao Santuário.

Notícias de Viana
28 Mai. 2021 2 mins
Elsa Afonso: “É uma experiência única”

Elsa saiu de Santa Marta de Portuzelo no dia 6 de maio, e chegou ao Santuário de Fátima no dia 12 de maio. Este ano, o caminho foi feito em grupos mais reduzidos devido à pandemia. “Foi uma experiência muito diferente. Embora fosse um grupo pequeno, éramos seis pessoas. O apoio pelo caminho de que, felizmente, não precisámos, foi diferente. Aliás, as palavras de apoio que recebemos durante o percurso não se fizeram sentir da mesma forma e o mesmo aconteceu com a disponibilidade de apoio por parte das forças de segurança”, contou, acrescentando que, em Fátima, foram “mais cedo” para o recinto porque nem todos ficaram para assistir às cerimónias do 13 de maio. 

Apesar de admitir que o espaçamento entre as pessoas impediu o afeto caraterístico da peregrinação, garante que “é uma experiência única”. “Cada ano é um ano. É impossível comparar”, começou por referir, salientando o companheirismo, a partilha e a interajuda durante o caminho. “Ninguém chega lá sem dor nenhuma. As emoções e o cansaço fazem-se sentir no final de tantos dias a caminhar. Durante uma semana, fomos uma família”, assegurou.

A peregrina considerou ainda que as pessoas tiveram “muito medo” devido à pandemia, mas também de chegar a Fátima e não conseguir entrar no recinto, uma vez que as restrições eram maiores. “Durante o percurso não se via assim tanta gente como nos anos anteriores. No entanto, a fé, quer no nosso grupo, quer em outros que vi, inclusive em pessoas de idade, mantinha-se igual”, frisou, recordando: “Quando parávamos para rezar, outros grupos faziam o mesmo.”

Na chegada a Fátima, Elsa confidenciou que a sua reação foi “igual” a anos anteriores, embora “sempre especial”. “Quando fazemos este percurso tão longo fazemo-lo sempre com um objetivo. Ou seja, é algo que nos leva até ‘lá’. E, como não o fazemos de ânimo leve e o sacrifício da caminhada é igual, independentemente das circunstâncias, a emoção é a mesma. É um misto de sentimentos”, disse, terminando: “É um sentimento de ‘missão cumprida’, sempre com a certeza de que algo maior é que nos levou até ao fim.

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