Na reflexão que o Prelado quis partilhar com todos os presentes realçou a importância do encontro, pois, refere que «a primeira impressão que cada um de nós teve foi a de que viemos ao encontro de Nossa Senhora; só que na realidade tudo é ao contrário: Nossa Senhora é que vem ao nosso encontro». O facto de Maria «ser mãe e ser uma mulher de fé leva a que ela, como mãe, vá ao encontro de todos os seus filhos». Reforçou ainda que é pela fé que acontece este encontro entre Maria e sua prima Isabel, atendendo que é neste encontro que se personifica a história da promessa, a história do Antigo Testamento: «tal como nós, este povo, que advém da história, é um povo peregrino que necessita de, pela fé, obter este encontro familiar, um encontro interpessoal», declarou.
D. João acabou por desafiar a Assembleia a terem Deus nas suas vidas. «Fazemos as coisas para serem superadas e suprimidas pelo amor para podermos glorificar a Deus por Ele ter olhado para nós, porque Deus quer fazer connosco aquilo que também fez em Maria. Ele também olha para a nossa humildade e transforma em grandeza para depois se tornar transformação em nós, na nossa vida», afirmou.
Por fim, o Bispo vianense deixou um grande desafio para todos em partir imediatamente, tal como Maria. Realça que «é algo que a comunidade cristã tem de assumir, que a Igreja tem de assumir e que nós cristãos temos de assumir: esta é a realidade missionária. Maria partiu imediatamente. Quando temos uma boa notícia, quando temos o coração inflamado de amor temos de partir. É a pressa de irmos ao encontro dos irmãos. Pois, neste dia, todos nós nos sintamos assim para uma fé autêntica com Jesus Cristo».
A Peregrinação de N. Sr.ª do Crasto acontece anualmente na freguesia de S. Romão de Neiva na tarde do dia 15 de agosto com a presença das referidas quatro comunidades paroquiais.