Centro Paroquial e Social de Guilhadeses: “A maior preocupação é a contratação de pessoal com vocação para prestar cuidados aos idosos.

O Centro Paroquial e Social de Guilhadeses é uma Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos, com sede na Paróquia de Guilhadeses, Arciprestado de Arcos de Valdevez, Diocese de Viana do Castelo, com aprovação do seu Estatuto a 4 de Maio de 1993, e ereta canonicamente como pessoa jurídica pública por Decreto em 19 de maio de 1993, pelo Bispo da Diocese de Viana do Castelo, D. Armindo Lopes Coelho.

Notícias de Viana
1 Jul. 2021 5 mins
Centro Paroquial e Social de Guilhadeses: “A maior preocupação é a contratação de pessoal com vocação para prestar cuidados aos idosos.

Segundo o Direito Português, o Centro é uma pessoa coletiva religiosa reconhecida como Instituição Particular de Solidariedade Social, classificada como Instituto da Igreja Católica, devidamente inscrita no competente registo das IPSS, sob o n.º 39/93, a fls.29, que adota a forma de Centro Paroquial Social, sem prejuízo do espírito e disciplina religiosa que o informam, regendo-se pelas disposições do Estatuto das IPSS e demais normas aplicáveis, desde que no respeito pelas disposições da Concordata de 2004, celebrada entre a República Portuguesa e a Santa Sé.

“Seguindo o exemplo de Jesus Cristo, sempre procurei a salvação das almas, sem me esquecer dos corpos, e daí a atenção que sempre dediquei às crianças, aos doentes e aos idosos.” in Padre José Borlido de Carvalho Arieiro

O Centro Paroquial nasceu da necessidade de colmatar as privações básicas das pessoas mais idosas. O Sr. Pe. José Arieiro tinha conhecimento destas privações, aquando das suas visitas pelas diversas Paróquias do Arciprestado de Arcos de Valdevez. De alma inquieta com o sofrimento do próximo, traçou um caminho que iria minimizar o problema de muitos idosos e o culminar no que é hoje o Centro Paroquial e Social.

No ano de 1994 comemorava-se o Ano Internacional da Família, e foi a gota de água, ou melhor a oportunidade, para o Sr. Pe. Arieiro mergulhar num projeto tão inovador. Destemido, arriscou, apoiado por muitos e contestado por outros. É óbvio que venceu a boa vontade dos homens e Deus ajudou no resto.

Idosos

Residência St. André

Em 1996, foi construído de raiz o edifício “Residência St. André”, Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) com capacidade para 50 pessoas em regime de alojamento, um Centro de Dia com capacidade para 15 idosos, e o Serviço de Apoio Domiciliário para apoiar 26 pessoas.

Abriu portas em 30 de novembro de 1997 e foi inaugurado em 29 de julho de 1998.

Crianças

2001 – Cantinho Alegre

Na área da infância, a escassez de respostas sociais era notória: apenas existia, no Concelho, uma creche com capacidade para 35 crianças.

A construção do Cantinho Alegre destacou-se pela necessidade, apelo constante da população local, e tida com prioritária pelo Centro Regional da Segurança Social de Viana do Castelo.

Foi submetida, em 1998, uma candidatura ao Ministério da Educação para a construção de uma Pré-Primária com capacidade para 62 crianças, ao abrigo do Contrato Programa de Desenvolvimento e Expansão da Educação Pré-Escolar.

Paralelamente, a construção de uma Creche com capacidade para 42 crianças e um ATL – Atividades de Tempos Livres com capacidade para 20 crianças. A aposta na educação e no apoio social às famílias era grande parte colmatada com este grandioso projeto, de grande investimento financeiro e humano.

A obra foi concluída e abriu portas em 28 de novembro de 2001. 

2007 – Interage

Em 2006, foi construído o edifício “Interage” no sentido de promover melhores condições às crianças em ATL, que, entretanto, com o alargamento da capacidade da Pré-Primária, ficaram a frequentar uma pequena sala existente no anexo junto ao edifício St. André. A necessidade de desenvolver atividades ocupacionais para idosos e colmatar outras necessidades sentidas pelo Centro, foi o impulso da última obra.

O Interage abriu portas em junho de 2007, permitiu o alargamento do acordo de cooperação para o Serviço de Apoio Domiciliário e desenvolver diversas atividades educacionais e socioculturais com diferentes grupos, os dois pilares da organização: as crianças e os idosos.

Notícias de Viana: Quantas pessoas integram o Centro Paroquial e Social?

Centro Paroquial e Social de Guilhadeses: O Centro Paroquial tem 62 funcionários, distribuídos pelas seis respostas socias: ERPI, Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário, Creche, Pré-Primária e ATL.

NV: Quais as principais necessidades/dificuldades que existem num Centro Paroquial e Social?

CPSG: A maior preocupação é o absentismo dos funcionários, que tem vindo a aumentar todos os anos, assim como a contratação de pessoal com vocação para prestar cuidados aos idosos.

Em termos financeiros, era desejável que as comparticipações pagas por utentes acompanhassem as exigências que nos são impostas.

O apoio financeiro direto às Instituições para fazer face a outras necessidades importantes tais como: aquisição de viaturas, modernização de equipamentos e conservação dos edifícios, são exemplos das necessidades sentidas.

NV: Quais as principais iniciativas realizadas no Centro Paroquial e Social?

CPSG: O Centro Paroquial tem um projeto sociocultural, “Vida Ativa”, adequado às pessoas idosas e que tem sido muito bem aceite por elas; de entre as diversas atividades, destacamos: a manutenção física e o tratamento/massagem para alívio da dor, jogos lúdicos individuais e coletivos, e gestão de emoções.

NV: A pandemia trouxe ainda mais dificuldades. Como fizeram face aos desafios lançados pela Covid-19?

CPSG: A situação pandémica que enfrentamos desde março de 2020, mudou comportamentos e formas de estar que ninguém estava preparado para enfrentar. Hoje, encaramos com alguma serenidade toda esta situação, mas sim, foi difícil e a dificuldade em nos mantermos protegidos foi enorme, pela escassez de materiais de proteção apropriados para lidar com a doença infectocontagiosa; foi assustador.

A equipa uniu-se e lutou contra estas dificuldades, com um resultado positivo para a nossa comunidade. Definiu-se um Plano de Contingência que foi acatado por todos os intervenientes: funcionários, idosos e respetivas famílias.

A resposta Centro de Dia foi a maior vítima desta pandemia, porque a DGSS – Direção Geral da Segurança Social não permite, ainda, o seu funcionamento, devido à proximidade e interação com a ERPI.

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