De acordo com dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), os concelhos de Arcos de Valdevez, Melgaço, Ponte da Barca e Ponte de Lima estão classificados com risco muito elevado, enquanto Caminha, Monção, Paredes de Coura, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira apresentam risco elevado de incêndio. Esta situação ocorre num contexto nacional marcado por uma onda de calor e risco máximo em cerca de 80 concelhos distribuídos por dez distritos do continente.
Segundo o ICNF, até 1 de julho, o Alto Minho registou 245 incêndios, com Arcos de Valdevez a liderar com 73 ocorrências, seguido por Ponte da Barca (38), Paredes de Coura e Ponte de Lima (23 cada), Monção (16), Melgaço (12), Valença (20), Caminha (7), Viana do Castelo (número não especificado) e Vila Nova de Cerveira (3).
No plano nacional, a área ardida em espaços rurais totaliza 6.197 hectares, dos quais 32% correspondem a povoamentos florestais, 54% a matos e 13% a áreas agrícolas.
Para fazer face a esta situação, o dispositivo de combate a incêndios rurais foi reforçado e conta atualmente com 11.161 operacionais e 69 meios aéreos, apesar de faltar sete helicópteros previstos devido a problemas de manutenção e contratação.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) assegura que a cobertura operacional é mantida, com a realocação de meios aéreos e o reforço com aviões anfíbios e helicópteros pesados em regiões vulneráveis, incluindo o Alentejo.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para os próximos dias tempo quente, com temperaturas máximas que poderão ultrapassar os 40 graus em várias regiões, condições que favorecem a propagação rápida de incêndios.
Fotografia: Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil
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