Valença celebrou S. Teotónio

No dia 18 de fevereiro celebrou-se o dia de S. Teotónio. A pandemia impediu as celebrações habituais, mas a data foi assinalada de forma “muito simples” com a colocação de uma coroa de flores nas muralhas em frente à sua estátua, e um arranjo junto à sua imagem, que se encontra no exterior da capela que invoca o seu nascimento.

Notícias de Viana
26 Fev. 2021 2 mins
Valença celebrou S. Teotónio

Desde 1977 que o dia 18 de fevereiro é feriado municipal em Valença e, de acordo com o Pároco de Cerdal e Ganfei (Paróquia de onde era natural S. Teotónio), Pe. Manuel Gonçalo Pereira do Vale, o facto implica cerimónias civis e religiosas. “Anualmente, decorre uma sessão solene com distinções de personalidades e instituições do Concelho que, nos últimos anos, se tem realizado no salão da Junta de Freguesia de Ganfei. Além disso, assinalamos esta data com a celebração da Eucaristia e a Procissão em honra de S. Teotónio”, explicou, lamentando que, este ano, “devido à pandemia”, pouco se fez. “Acharam apenas conveniente não fazer um programa oficial e, por isso, assinalaram a data apenas com a colocação de uma coroa de flores nas muralhas em frente à estátua de S. Teotónio, perto da Capela do Bom Jesus. E, claro, um arranjo de flores junto à sua imagem, no exterior da Capela”, contou.

Neste dia, decidiram ainda manter a Capela aberta durante duas horas na parte da manhã, permitindo visitas à capela e à relíquia de S. Teotónio. “Esta foi uma situação única e triste, porque não inclui a festa em comunidade, mas esperamos que, para o ano, tenhamos o sol para podermos celebrar a sua festa com outra dimensão”, referiu, frisando que S. Teotónio é uma figura com 800 anos de “um valor moral e espiritual único”. “Estamos a tentar dar a conhecer uma figura que é e foi o primeiro santo português. Na sua vida, tem duas viagens à Terra Santa, foi Prior da Sé de Viseu, e estudou em Coimbra. É, de facto, uma figura tão interessante, mas estava praticamente desconhecida e, por isso, estamos a tentar descobri-la e dá-la a conhecer às pessoas. Aliás, tenho algumas dezenas de livros sobre esta altura. Tudo o que encontro da época, guardo. Alguns deles serão entregues à Confraria de S. Teotónio, para que se estude esta figura, dando-a a conhecer aos mais jovens que são seus conterrâneos. Costumo dizer, na brincadeira, que S. Teotónio é meu paroquiano e, portanto, ele tem de me aturar, porque estou a procurar ajudá-lo”, ironizou, adiantando: “Vamos criar uma pequena biblioteca na Capela que invoca o seu nascimento. Fez, o ano passado, 400 anos”, terminou.

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