Sta. Teresa d’Ávila, grande devota de São José

Em pleno séc. XVI, na cidade castelhana de Ávila, nasceu e viveu uma religiosa carmelita, contemplativa e mística, que é especialmente venerada em Espanha como Sta. Teresa de Jesus, canonizada 40 anos depois da sua morte pelo Papa Gregório XV, e proclamada Doutora da Igreja pelo Papa Paulo VI. Foi uma das reformadoras da Ordem Carmelita e partilha a fundação da Ordem dos Carmelitas Descalços com São João da Cruz.

Notícias de Viana
21 Mai. 2021 3 mins
Sta. Teresa d’Ávila, grande devota de São José

Teresa dedicou a São José o primeiro convento por si fundado, absolutamente certa da intervenção do Santo Patriarca. Como escreveu o Pe. Gracián, “da mesma forma que o glorioso São José fez um milagre na construção do Mosteiro de Ávila, poderia contar de muitos outros, tanto de frades como de monjas, que parece impossível tê-los erguidos, se este glorioso santo não tivesse posto as mãos nestas empresas”.

Autora de diversas obras escritas, desde sempre manifestou uma devoção profunda e sincera a São José, como pode apreciar-se nos excertos seguintes:

  • “E tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e me encomendei muito a ele. Vi com clareza que, tanto desta necessidade como de outras maiores, esse pai e senhor meu me livrou melhor do que eu sabia pedir. Não me lembro de lhe haver suplicado nada que não me tenha concedido. É coisa que espanta, as grandes mercês que me fez Deus por meio deste bem-aventurado santo, e dos perigos de que me livrou, tanto de corpo como de alma; que a outros santos parece que lhes deu o Senhor graça para socorrer em uma necessidade; mas a este glorioso santo, tenho experiência de que socorre em todas, e quer o Senhor dar-nos a entender que, assim como a ele esteve submetido na terra, pois como tinha nome de pai, sendo guardião, nele podia mandar, assim no céu faz o quanto Lhe pede.” (Livro da Vida 6,6)
  • “Creio que já faz alguns anos que no dia da sua festa lhe peço uma coisa e sempre a vejo cumprida; se a petição vai um pouco torta, ele a endireita para maior benefício meu.” (LV 6,7)
  • “Quem não encontrar mestre que o ensine a orar, tome este glorioso santo por mestre e não errará o caminho.” (LV 6,8)
  • “Sua Majestade mandou-me, com muita insistência, que tentasse com todas as minhas forças, e fez-me grandes promessas de que se faria o Mosteiro, e que Deus se glorificaria muito nele, e que fosse dedicado a São José, que ele nos ampararia numa porta e Nossa Senhora na outra.” (LV 32,11)
  • “Uma vez estava num apuro do qual não sabia como sair, pois não tinha dinheiro para pagar a uns pedreiros, e me apareceu São José, meu verdadeiro pai e senhor, e me disse que não faltaria dinheiro e que eu os contratasse; e assim o fiz, sem um centavo. E o Senhor, de modo maravilhoso que assombrava os que o ouviam, mo proveu.” (LV 33,12)
  • “Já então eu orava muito a Nosso Senhor, suplicando-Lhe que eu não fosse sem deixar-lhes casa [Sevilha], e fazia que as irmãs o pedissem ao glorioso São José, e fazíamos muitas procissões.” (Livro das Fundações 25,3)
  • “As irmãs haviam pedido muito a São José para que, em seu dia, houvesse casa [Burgos] e, sem pensar que a teriam tão breve, se cumpriu.” (LF 31,36)
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