A freguesia de São Romão do Neiva, no concelho de Viana do Castelo, inaugurou uma estátua em homenagem ao Pe. José Fernandes Moreno do Couto, na Senhora do Crasto. O dia ficou ainda marcado com uma celebração presidida pelo Administrador Diocesano, Mons. Sebastião Ferreira, e por uma homenagem “a todos os voluntários e todos aqueles que, com as suas oferendas, contribuem de forma espontânea e devota” para aquele espaço.
Na homilia, Mons. Sebastião Ferreira recorreu às leituras do XXVIII Domingo do Tempo Comum, Ano B, para evidenciar a importância das “opções e escolhas” que cada um deve fazer ao longo da sua vida, defendendo o amadurecimento “profundo”. “Nas celebrações que fiz, falei de mim. Fui buscar partes da minha tenra idade em que senti a vocação ao sacerdócio, mas depois de algumas idas e vindas, uns ficavam em casa e já não iam. Eu, pelo contrário, interrogava-me se tinha ou não vocação”, contou, acrescentando que, mais tarde, ajudou aqueles que tinham vocação para o Matrimónio, ensinando-os a adotar “um olhar retrospetivo”. “As opções e escolhas têm de ser muito bem pensadas. Não é só à primeira vista. É preciso amadurecer; e amadurecer não é através de gestos artificiais, mas é ver lá no fundo do ser de cada um de nós”, frisou.
O Administrador Diocesano destacou ainda a segunda leitura, referindo-se à “Palavra de Deus” que “tem corpo, Jesus Cristo Ressuscitado”. “Esta Palavra, ao penetrar, dá conta dos nossos pensamentos, emoções, desejos e pretensões. E, no interior, quando as coisas são bem pensadas e até rezadas, fazemos opções e escolhas acertadas, realizando-nos; ou então, encontrando o amor a Deus por outro caminho”, salientou.
Mons. Sebastião Ferreira terminou a intervenção afirmando que “o Rei Salomão serve de mote para falar do Pe. José Fernandes Moreno Couto”. “Viveu 82 anos, dos quais 58 foram consagrados à Igreja: sete na Paróquia de Lindoso, em Ponte da Barca, e 51 aqui, na Paróquia de S. Romão”, recordou, elogiando a sua maneira de administrar.
José Fernandes Moreno Couto, para além de Pároco, foi Arcipreste de Viana do Castelo, presidente da Direção da Casa Sacerdotal, e pertenceu ao Conselho Diocesano e ao Conselho Presbiteral Diocesano. “Foi um homem que se doou totalmente à Igreja, não apenas através da sua Paróquia como também da Diocese”, salientou, afirmando que se deixou “seduzir”, principalmente, com a Senhora do Crasto. “Desde lá de baixo até cá acima, houve uma transformação crescente graças ao seu trabalho. Apesar de ter contado com vários apoios, ele próprio realizava a obra para que todos pudessem ‘gozá-la’”, concluiu.
Fotografia destaque: Márcio Lima em Catequese Paroquial de São Romão do Neiva – Viana do Castelo
Notícias atuais e relevantes que definem a atualidade e a nossa sociedade.
Espaço de opinião para reflexões e debates que exploram análises e pontos de vista variados.
