O Engenho

Nos meus tempos de menino, nestas terras do Alto Minho, engenho era movido a água e tanto se dava o nome a uma serração, como ao perfumado, mas não bonito local, onde se esmagava a azeitona e de forma muito artesanal se extraía o saboroso azeite, que adubava a sopa e dava aquele travo especial às batatas e bacalhau do natal.

Notícias de Viana
7 Jun. 2020 2 mins
O Engenho

Pois,
mas agora engenho vai para outras dimensões, pois nunca vi engenhos clericais
sobretudo, tão aguçados como no tempo de quarentena.

A
um “clic” aí estava eu na Barca, ou em Monção, em Viana, ou em Coura, em
Valença, ou em Caminha. E´ que os meios digitais em mês de maio e não só,
estiveram em força a levar não apenas a catequese pelo yutoube e RTP2, o terço,
ou a celebração da eucaristia.

Os
grandes média já estavam preparados, mas cada um conforme as suas ”unhas” lá
foi fazendo o que estava ao seu alcance. Falo também por experiência própria,
porque, desde que tudo fechou em meados de março, habituado a grandes audiências,
sobretudo nas alocuções dos Passos por esse Minho fora, resolvi gravar no meu
face “mensagens” sobre a liturgia da palavra de cada domingo e fiquei
surpreendido, porque começando na Páscoa até ao Pentecostes, cada domingo tinha
acima de mil visualizações. Por isso valeu a pena o engenho… o meu e os dos
outros que se lançaram para as redes sociais.

Tive
oportunidade de ver grupos, desde os dos maristas com “Os Verbos de Deus” , até
um grupo de colegas dos Açores, que fizeram e fazem muito apostolado, passando
pelo Observatório da Fé de Braga, até às “Pequenas Conversas”, Catequese do  Bispo Nuno, foi uma fartura e que me desculpem
os que não mencionei, porque há também na nossa diocese  bons grupos 
e abundância, a nível individual, que fazem muita coisa boa.

Mas
vou lançar um desafio.

 Se isto do digital é tão abrangente, não
deveria existir um curso de formação destas ciosas, adquirir em grupo algum
material, partilhar experiência, porque se houve tantas iniciativas no “on line”
penso que é hora de não ficarmos pela nossa paróquia, pela nossa folha
dominical, pelo nosso jornal, porque sem excluir nada disto, há hoje tantos
areópagos novos, que temos que explorar.

Aqui
fica a ideia e o desafio parar quem tem guitarra e sabe usar as unhas.

Tags Opinião

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