FELIZ “ANO NOVO”, ALIÁS, SETEMBRO!

Foguetes lançados, canas apanhadas. A Romaria já passou. E que Romaria!... No campo d’Agonia, pouco ou nada resta do regresso, após a pandemia, das nossas festas que encheram a cidade. Todos os anos é assim. Após dias intensos e cheios de vida… BOOMM… somos dominados lentamente pela melancolia ao vermos o Verão a escapar-nos por entre os dedos como se de areia se tratasse. Resta-nos arrumar a toalha de praia e os chinelos e voltar às rotinas, aos compromissos e aos horários marcados. Setembro, ai setembro, este mês de recomeços que, para muitos, é quase um “ano novo”. Leva-nos a balanços e a novos objetivos. Por isso, desejo-lhe um feliz “ano novo”! Bem, também não falta assim tanto para 2023, contando que daqui a pouco mais de 3 meses estamos reunidos à volta da mesa da Natal. Ok, estou a ser rápido demais! Onde é que eu ia? Ah, setembro! O início de setembro significa um recomeço na vida de milhares de famílias. Mês de regresso às rotinas profissionais, escolares e familiares.

Notícias de Viana
16 Set. 2022 3 mins
FELIZ “ANO NOVO”, ALIÁS, SETEMBRO!

Após um período de merecido descanso, crianças e jovens regressam à escola, com alegria e esperança de vencer mais um ano letivo com sucesso. Nos dias que vivemos, ouvimos e vemos crianças em sofrimento, quer por falta de bens essenciais ou, numa situação limite, porque se deparam com uma guerra que lhes roubou quem amavam e lhes destruiu a paz. Portugal vive com dificuldades, mas vive em paz. Os mais novos podem ir à escola, apanhando um autocarro que nos passa à porta de casa e, ao fim da tarde, podem regressar, passando antes por um campo de futebol e brincar um pouco ao ar livre. Não podemos ficar indiferentes a isto.

Para os mais velhos, o regresso à rotina pode não ser assim tão fácil e, por vezes, demora a arrancar. O trânsito, os horários, preparar as marmitas, levar os miúdos à escola… que chatice! É importante lembrar que esta é uma fase passageira e que faz parte do “recomeçar” e, por isso, é importante descomplicar. Mesmo que sejamos apaixonados pelo nosso trabalho, somos envolvidos por uma sensação de tristeza (ou até de incapacidade) ao abandonar as férias e ao regressar ao trabalho. No emprego, somos chamados a transformar os desafios que deixámos antes das férias em oportunidades. É uma excelente altura para refletir e perceber quais são as velhas rotinas que queremos “deitar fora” do nosso dia-a-dia, e quais são as rotinas a que queremos dar continuidade ou as novas a implementar.

Há outro “regresso” que não devemos descurar: o da prática religiosa. É normal que nós, cristãos, façamos uma “espécie de férias” da nossa fé, aliás, da vivência em comunidade. Julgo também ser necessário que “quem se dá” à Igreja, tenha também o seu tempo de recolhimento. No entanto, está na altura de prepararmos o novo ano pastoral que se avizinha. Existe, sim, uma rotina pastoral que merece o nosso empenho no regresso. A azáfama da catequese e grupos de jovens, a inscrição nos escuteiros e noutros movimentos, a participação na Eucaristia, os grupos da liturgia que voltam à atividade com os leitores, acólitos e grupos corais… enfim, um conjunto de atividades que as nossas comunidades devem começar a preparar desde já para que tenhamos um ano pastoral que culminará no maior evento cristão – a Jornada Mundial da Juventude – que reunirá milhões de católicos de todo o mundo, sobretudo jovens, em Lisboa, em agosto de 2023.

Setembro traz consigo toda esta magia dos recomeços. Desta forma, que nunca nos esqueçamos que aquilo que é mais importante no regresso às rotinas é que não fujamos apressadamente de tudo o que estamos a sentir, entrando apenas no tradicional “piloto automático”, como tão facilmente pode acontecer. Por isso, caro leitor, desejo-lhe um feliz “ano novo”, aliás, setembro! 

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