A Festa do Crisma

De forma independente ou em pequenas unidades pastorais, o Sacramento da Confirmação vai pautando a vida das comunidades num ritmo habitual; o Sr. Bispo, apóstolo máximo da Diocese, está presente nas Paróquias na pessoa do Pároco, que vive em comunhão sinodal diariamente.

Notícias de Viana
4 Nov. 2022 3 mins
A Festa do Crisma

Hoje a palavra CRISMA não é muito usada, e as pessoas arregalam os olhos, quando se anuncia “que haverá Crisma dentro de meses” e que “estão abertas inscrições” (para a preparação daqueles/as que terminaram a catequese adequada). Pensa-se que será melhor inscrever-se e preparar-se. 

Está em jogo o futuro da comunidade, sendo os jovens a sua garantia.

O Crisma implica a presença do Bispo na comunidade, o que é motivo para uma bonita e frutuosa preparação. Importa, se se quer ser correto, preparar-se e preparar o dia como dia festivo, dado que cada um está envolvido consigo mesmo e com os outros colegas no acolhimento ao pastor da Diocese: é o momento para lhe dizer que se está com ele, e que é uma alegria receber de suas mãos a unção perfumada do santo óleo da Confirmação: uma oração implorativa dos dons do Espírito Santo e uma unção frontal com o óleo benzido em Quinta-feira Santa.

É um dia de festa também, e sobretudo, para os que vão ser crismados, o que implica que se viva jovialmente a preparação e a própria celebração: trata-se de um acontecimento que outorga aos atores o direito/dever de ser homens ou mulheres na Igreja, com uma palavra e uma ação empenhadas. Procure-se ser homem ou mulher com uma palavra verdadeira e honesta e com atitudes e comportamentos de quem sabe o que faz e que está responsavelmente aberto às implicações de ser agraciado com novo apoio/dom de Deus.

Num mundo conturbado e complexo como o nosso, cada um é convidado a ser autenticamente amigo do Senhor, o que parece ser extemporâneo: ultrapassam-se fantasias, deixam-se precárias e depreciativas modas de viver, aprofunda-se o ser das pessoas, unindo vontades individuais ao desígnio de Deus, que oferece o bem-estar a cada um. A festa não é um momento transitório, mas deixa marcas – este Sacramento imprime caráter – nas pessoas, que se prontificam a dar testemunho de Deus-Amor em todas as circunstâncias da vida. A festa implica uma atenção redobrada em relação à identidade de cada um. A sociedade cristã sai renovada.

A comunidade está reunida e não foge às suas responsabilidades: canta, reza, põe a render os seus talentos, as suas graças especiais, para bem de todos. Enfrenta-se o que é ser comunidade, onde todos labutam para que a festa seja grande em todos, os que são acariciados e os que contribuem para a carícia festiva. Há um compromisso no ar que é assumido por todos, sendo cada um indispensável para o todo festivo. O Sacramento imprime um dom pessoal em todos, exprimindo os favores de Deus para todos os comprometidos. O Deus trinitário não nos abandona; visita-nos assiduamente e solicita-nos o empenho de edificar um mundo belo, renovado e criativo.

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