Encontro de Liturgia retoma com participação recorde

Há dois anos atrás, quando decorreu o último Encontro Diocesano de Pastoral Litúrgica (EDPL), o Bispo da Diocese de Viana era, então, D. Anacleto Oliveira, não havia sinais de que uma pandemia atingiria a humanidade numa escala nunca antes conhecida, nem se imaginaria para breve uma escalada de tensão na Europa a ponto de se […]

Notícias de Viana
2 Mar. 2022 3 mins
Encontro de Liturgia retoma com participação recorde

Há dois anos atrás, quando decorreu o último Encontro Diocesano de Pastoral Litúrgica (EDPL), o Bispo da Diocese de Viana era, então, D. Anacleto Oliveira, não havia sinais de que uma pandemia atingiria a humanidade numa escala nunca antes conhecida, nem se imaginaria para breve uma escalada de tensão na Europa a ponto de se estar, novamente, num cenário de conflito imprevisível.

Nesta linha, no momento de abertura do EDPL, que decorreu entre os dias 26 e 27 de fevereiro, no Centro Pastoral Paulo VI, em Darque, Viana do Castelo, o Pe. Tiago Rodrigues, diretor do Secretariado Diocesano de Pastoral Litúrgica, recordou a omnipresença da morte, “como sombra que não deixa ver o sol”, ao longo deste período, justificando, assim, a necessidade de dar lugar à reflexão sobre a “Liturgia Exequial: sinal de esperança”, para que esta seja “sinal da beleza de Deus no mundo”, realçando e agradecendo a participação recorde de cerca de 700 inscritos.

Também ao iniciar os trabalhos, D. João Lavrador registou a pertinência do tema, “em particular num contexto onde quer vida, quer morte têm sido desprezadas”, pedido que o EDPL seja uma oportunidade para que “se aprenda a celebrar e a anunciar com as pessoas, em situações de luto”.

Já no dia seguinte, numa conferência cujo tema foi “Reorganização Pastoral: celebrações exéquias sem missa, possibilidades de celebrações exéquias”, o Bispo de Viana do Castelo, alertando para a necessidade, na proximidade da celebração dos 50 anos da Diocese, de “aprofundar a consciência de sermos Igreja”, pediu atenção para as “novas formas de sofrimento” que têm surgido, recordando que “a inquietação do ser humano não é sossegada por um conhecimento meramente técnico”. “Precisamos da razão, mas também precisamos da revelação do outro. (…) O que conhecemos e apreendemos na fé e no amor não está fora do que conhecemos humanamente”, reforçou.

O prelado diocesano procurou, ainda, despertar os ouvintes para o perigo de “comunidades ministerialmente muito compartimentadas”, desafiando a “uma pastoral verdadeiramente comunitária”, em particular em contexto de doença e situação exequial. “É urgente um serviço de visitação e de acompanhamento. Temos que criar na comunidade cristã um trabalho que seja realmente uma pastoral do acompanhamento”, apontou. D. João referiu, por outro lado, que na relação entre clero e leigos, “o sacerdote nada faz sozinho, mas sempre em comunidade”, ao passo que “o ministério laical não é individual, nem substitutivo, mas em nome da Igreja”.

Na celebração litúrgica, que contou com a nomeação de novos ministros extraordinários da comunhão, foi a vez de o Bispo realçar, em primeiro lugar, a dimensão comunitária da liturgia, chamando a atenção para a ligação entre o mistério eucarístico e a Ressurreição. “Reconhecemos que somos comunidade e comunidade alicerçada e inserida no mistério eucarístico. (…) Por isso, estamos sempre a passar da corruptibilidade para a incorruptibilidade, do mortal ao imortal, e esta renovação não nos deixa parados”, assegurou.

D. João Lavador pediu uma nova consciência pessoal e comunitária, assim como a criação de ambientes comunitários propícios. “Só somos protagonistas quando deixamos

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