Com 23 anos de idade, o padre José Fernandes Carneiro, natural e residente no lugar da Teixugueira, em São Miguel de Boivães (c. Ponte da Barca), faleceu, em 23 de Outubro de 1918, vítima da gripe pneumónica que havia chegado ao Alto Minho entre os meses de Agosto e Setembro.
O nome do jovem sacerdote consta na lista dos 32 presbíteros da arquidiocese de Braga que, em 1918, sucumbiram perante a virulência da bronco-pneumonia e que viriam a ser lembrados, no ano seguinte, como «victimas do dever» ou «martyres do seu dever, que tão generosamente sacrificaram a vida pelo bem espiritual dos moribundos».
Assim foram conotados na missa de sufrágio celebrada no dia 6 de Fevereiro de 1919, na sé catedral, presidida pelo arcebispo D. Manuel Vieira de Matos, com a assistência do Cabido, do Seminário e de muitos eclesiásticos e fiéis.
Na ocasião, o arcebispo manifestou não só o desejo de que todos os anos fosse celebrado um ofício com missa cantada pelas almas dos ditos sacerdotes falecidos em um dia imediato ao da comemoração dos fiéis defuntos – como sucederia nesse ano na igreja do Seminário –, mas também que todos os sacerdotes da arquidiocese se associassem ao sufrágio, rezando uma missa cada um pela mesma intenção.
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