Ser ou não ser… amigos! Santidade caminho para viver em comunhão!

O mês de novembro traz-me memórias, muitas se me é permitido dizer. Sim, memória agradecida, de pessoas que já não se encontram fisicamente, mas que por causa da fé que professo, acredito que bem perto, pois a comunhão dos santos marca presença.

Notícias de Viana
12 Nov. 2021 3 mins
Ser ou não ser… amigos! Santidade caminho para viver em comunhão!

Vejo flores belas, ramos, arranjos maravilhosos, tanta arte e tanta vida que expressam. Vejo luzes a brilhar, noite e dia, mostrando que a vida vale mais, e não acaba. Vejo também espaços sem flores, sem luzes… Fico atónita, e dou comigo a pensar, e acabo por rezar, pois descubro os sós, não sei se tristes, mas de quem já não faz memória. Elevo, então, a minha prece a Deus por todos, por todos sem exceção, unida a tantos que, melhor que eu, rezam também.

Tempo de olhar para o lado e ver, desde já, os que caminham connosco, “os santos do pé da porta”, e não poucas vezes só os lembramos quando partem… Então, levantamos epitáfios, e um desenrolar de parágrafos belos, dizendo maravilhas de quem já não está entre nós, pelo menos fisicamente, e nem sequer tem a oportunidade de esboçar um sorriso. Não que me pareça incorreto fazer homenagens e prestar honras a quem parte. Mas, quem sabe se seria mais oportuno, em tantos casos, darmo-nos conta que connosco convivem santos, e, muitas das vezes nem nos apercebemos. Que belo é poder bendizer, dizer bem dos que ao nosso lado passam, e que possam escutar e até acenar, se for o caso!

E, por falar em memória grata, não quero deixar passar a oportunidade para agradecer a tantas pessoas que fazem parte da minha história, quem sabe se da do estimado leitor também, a quem me refiro chamando amigos e, por vezes esqueço. A distância e o rol das desculpas esfarrapadas, os silêncios prolongados, e apenas o sussurro de uma voz que ecoa bem dentro traz à lembrança de quando em vez… Quem dera, tal lembrança, Deus na Sua bondade, possa transformar em oração, e alentar quem se encontra só, isolado, deixado ao lado, embora tenhamos receio de dizer abandonado!

Sim, certamente estará a pensar nas muitas amizades, nas pessoas a quem visitar ou dirigir, quanto antes, uma palavra de alento, de gratidão ou esboçar um sorriso com a presença, ainda que a distância se faça sentir, pois a segurança é primordial, não podemos esquecer que a pandemia continua a ser companheira de viagem. 

Desta vez, já estará a pensar que lê frases sem sentido, comentários que deixam a desejar e que apenas se trata de apontamentos rabiscados à pressa, pois as ideias estão soltas e não se encontra o ponto de relação. Pois bem, não duvido que possa ter razão, mas neste dia tento relacionar a amizade e a comunhão dos santos e vislumbrar a grande chamada à santidade que todos, enquanto povo de Deus, vivemos. 

E, agradecer, agradecer muito ter a possibilidade de dar graças pelo dom dos amigos de longa data e dos que são deste dia. Afinal a vida tece-se de pessoas que nos ajudam a caminhar e a fazer a experiência que vale a pena ser vivida para dar o que recebemos como dom maior, a própria vida.        

A santidade é caminho possível, e descobrir que os nossos amigos o percorrem, anima e motiva. Com os amigos a comunhão vive-se já desde agora, a comunhão dos santos também!

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