O Arciprestado de Monção vai levar a cabo, entre os dias 13 e 15 de fevereiro, mais umas Jornadas Teotonianas com o tema “Ser cristão na Casa Comum”. O evento decorrerá no salão paroquial da Vila de Monção, pelas 21h00.
No primeiro dia das jornadas, o padre José Paulo falará sobre as “A Raiz Cristã de Portugal” e, no dia 14, o padre Paulo Magalhães abordará a “preservação e habitabilidade do planeta”, desenvolvendo a ideia de que planeta tem que ter um condomínio que cuide do que é comum. Já no dia 15, o padre Pablo Lima apresentará a “Igreja e a Ecologia” com uma releitura da encíclica Laudato Si.
O tema da preservação do planeta e o máximo emprenho em cuidar bem dele, sempre foi uma preocupação da Igreja. Ao escrever a encíclica Laudato Si, o Papa Francisco quis pôr o mundo a refletir sobre um tema pertinente e tão querido às novas gerações, pois a ele devem o seu futuro. Uma das ideias-chave desta encíclica é que devem assumir, como pessoas e comunidades, crentes e não-crentes, a responsabilidade por uma ecologia integral, que contempla não só a boa relação dos humanos com o ambiente físico, mas também a relação das sociedades e o seu modo de funcionamento com o meio ambiente em que se desenvolvem. Não devem, pois, desligar o que se passa no ambiente físico da relação com a economia e a sociedade. Esta interligação é evidente.
No capítulo IV da Laudato Si, o Papa pede para assumir a responsabilidade pela ecologia integral, o que implica conhecer e dar a devida atenção às ameaças de alteração climática que pesam sobre o futuro do Planeta e da Humanidade que o habita. É por isso, importante que se debrucemos sobre as suas causas e procuremos soluções para prevenir as consequências gravosas que podemos antecipar e evitar, sem nunca esquecer a situação dos mais pobres. Somos, pois, convidados a um alargar horizontes no que diz respeito à reflexão e ação sobre o cuidado da casa comum. Não se trata somente de entender esse cuidado no âmbito do respeito e preservação do espaço que habitamos, mas também na maneira como o pensamos e vivemos. E esse é o campo por excelência da cultura. Em bom rigor, temos de reconhecer que o habitat do ser humano não é só a biosfera, mas é, também, aquilo a que poderemos chamar “culturoesfera”, ou seja, a nossa casa não é simplesmente um espaço, mas também uma maneira de habitar. A ecologia integral que somos chamados a protagonizar passa, pois, não só por um cuidado atento à biodiversidade, como por uma atenção especial às diversas dinâmicas culturais a partir das quais agimos, pensamos e existimos.
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