Depois de dias intensos de chuva, S. Pedro deu tréguas nos dias de Todos os Santos e de Fiéis Defuntos. Duas celebrações que a Igreja assinala há mais de mil anos com Eucaristias e romagens aos cemitérios para homenagear aqueles que já partiram, mas que continuam muito presentes na memória e no coração.
Nos dias anteriores, muitos são aqueles que vão limpar, lavar e compor as campas dos seus entes queridos. Um gesto já habitual, mas ainda mais especial nestes dias do ano. As campas ficam cobertas de flores e velas, que dão vida àquele lugar nostálgico.
Com o Dia Santo, feriado, assinalado nos calendários, dezenas de pessoas aproveitam para dar a sua “volta” pelos cemitérios, onde se encontram os seus entes queridos sepultados. Prestam-lhes homenagens e, coincidência ou não, reencontram familiares, amigos e conhecidos. Trocam algumas impressões e recordam momentos vividos juntos.
A saudade é o sentimento que habita no coração daqueles que se deslocam ao cemitério, mas, nestes dias, é o amor que vem ao de cima. Mantêm os laços com o outro, confortando e dando força para esperar pelo reencontro.
Nestes dias, não há uma campa que não esteja composta. Até dá gosto andar pelo cemitério e, à noite, mais especial é pela chama que arde. A minha alma para falar com a tua alma.
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