NOVA PÁSCOA

Num ambiente contrastante como o nosso, hoje, num cenário de fome e de guerra que está ao pé da porta, num horizonte social de inteligência artificial, em cenários científicos de descobertas sem precedentes, numa terra movediça de eleições, e em decisões coletivas que a todos comprometem, somos responsáveis pelas decisões da nossa história e vivemos […]

Notícias de Viana
5 Abr. 2024 3 mins
NOVA PÁSCOA

Num ambiente contrastante como o nosso, hoje, num cenário de fome e de guerra que está ao pé da porta, num horizonte social de inteligência artificial, em cenários científicos de descobertas sem precedentes, numa terra movediça de eleições, e em decisões coletivas que a todos comprometem, somos responsáveis pelas decisões da nossa história e vivemos desafiados por inúmeras questões a que teremos de dar resposta, mesmo involuntariamente. Somos atraídos por tantas sereias que se levantam no mar da vida, de forma inusitada.

Neste contexto demasiado turbulento, preparamos bem o tempo novo que se aproxima e estamos cientes da responsabilidade que nos assiste. O tempo que iniciamos é de Páscoa, de reviravolta. O tempo pascal não é para letargias, nem para decisões apressadas. Preparou-se e acontece. Temos em nossas mãos a chave da vitória e, conscientes, enfrentamos o que vem com um vigor novo. A Páscoa fornece-nos uma pátria outra, longe das tagarelices do passado e sendo capazes de um sopro diferente nascido de um mar que atravessamos e que nos entrega uma terra diferente, onde encontramos tudo para viver, desafiados e alerta em relação a tantas miragens. A luz beatífica nasce de dentro e possibilita desafios diferentes que poderão mudar o mundo em que se vive.

Um dos desafios concerne a juventude. A população mais jovem tem de sentir as possibilidades de encenar uma vida nova na terra que habita. É dos mais jovens que floresce uma sociedade nova, diferente, mais dinâmica, progressista, com outros projetos ambiciosos e reais. O trabalho dos mais jovens é essencial para o futuro do mundo. Impõe-se uma renovação de estruturas, o que é tarefa dos mais novos, para que a vida seja mais feliz e frutuosa sobre este planeta, sabendo que os trunfos novos surgem das pessoas que a isso são permeáveis. Os mais velhos favorecem possibilidades e os mais novos mostram o que desejam, com rigor e fecundo devotamento.

Importa olhar com amor para as mulheres, e fomentar um ambiente social em que prime a igualdade de género; todos somos pela libertação de algumas manobras sexistas maquiavélicas. Importa ser capaz de colocar homens e mulheres em sadia convivência, ultrapassando machismos e criando uma civilização igualitária nos empregos e respetivos salários. Disto depende uma sociedade mais justa e equilibrada, onde é agradável viver.

Ultrapassar o racismo é outra das tarefas urgentes na nossa sociedade. Isto implica uma visão do homem e da mulher conformes às suas dignidades como seres humanos, iguais em direitos e deveres, encarando os imigrantes como irmãos, qualquer que seja a sua situação ou sua origem. Somos todos humanos, iguais e muito vulneráveis: todos igualmente alvo de atenções e de solicitações, acreditando que tudo muda, e os homens e mulheres também, mas todos são estimados, qualquer que seja a sua pátria original e qualquer que seja a sua situação. Em êxodo permanente, somos todos iguais, uns no seu país, outros fora do seu, em demanda de dias melhores.

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