A Sé Catedral de Viana do Castelo recebeu, na noite de 22 de maio, a celebração da Vigília a Solenidade de Pentecostes, ocasião em que o Administrador Diocesano pôs em relevo “resiliência” de presbíteros e leigos em tempo de pandemia, assim como a importância dos “instrumentos de comunicação” digitais.
No começo da homilia, Mons. Sebastião destacou o significado do Pentecostes enquanto oferta da plenitude dos dons de Deus, para que a Igreja “se dinamize, cresça e se difunda por todo o mundo”, apresentando, de seguida, o Espírito Santo “como fator de transformação e estruturação da vida cristã”, interpelando, neste sentido, os fiéis a serem “fonte de vida e de graça, em favor da salvação de todos os povos”.
Doutro modo, afirmou que a celebração do Pentecostes retoma, ainda, a identidade da Igreja, explícita através da “unidade da mensagem evangélica ao serviço da diversidade de línguas”. “Uma só Fé, um só Batismo, um único Salvador, para toda a humanidade”, referiu em consequência, apontando para um retomar do protagonismo dos cristãos de hoje na vida da Igreja e da sociedade. “Agora o tempo é nosso, ou melhor, agora é o nosso tempo de nos aliarmos ao Espírito Santo e caminharmos com o mesmo entusiamo e alegria, como os Apóstolos; se possível, em Igreja Sinodal”, acrescentou.
Por fim, estendeu uma palavra a todos os membros do presbitério, enaltecendo o esforço e dedicação que, ao longo do tempo de pandemia têm vindo a fazer transparecer na relação com as diversas comunidades cristãs. “É possível que alguns colegas sacerdotes e mesmo leigos aderentes ao apostolado (…) olhem e vejam as suas comunidades cristãs reduzidas ou, mesmo, sumidas, à mercê da pandemia covídica que nos persegue, flagele e mata, há ano e meio. É provável que, com tantos confinamentos, as nossas crianças, adolescentes e jovens e, mesmo, alguns adultos, tenham esmorecido da oração comunitária, da catequese e da participação na Eucaristia. Isto apesar do zelo que muitos manifestam (…), mas a resiliência destes colegas deve estimular-nos (…) a não nos deixarmos cair no desânimo, nem a nos voltarmos para o passado”, afirmou, apontado, neste âmbito, os instrumentos de comunicação digital como “frutos da inspiração do Espirito Santo”. Finalizando, ainda, com o apelo: “olhando para o futuro, reinventemo-nos e prossigamos em busca de novas respostas à vida pastoral”.
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