III Viana em Família: mais que constituir, construir família

Celebrou-se, no dia 30 de maio, o III Viana em Família – Dia Diocesano da Família, com a celebração da Eucaristia da Solenidade da Santíssima Trindade, na Capela do Seminário Diocesano, presidida por D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga, em que foram entregues, ainda, as bênçãos apostólicas aos casais que comemoram, no presente ano, bodas matrimoniais.

Notícias de Viana
3 Jun. 2021 3 mins
III Viana em Família: mais que constituir, construir família

Iniciando a homilia por apontar a Trindade como modelo para a família e para a Igreja, D. Jorge Ortiga afirmou que Cristo, vivendo “como todos os homens (…), comunicou o modo de viver da Santíssima Trindade.”, colocou, “no seio da humanidade, a vida que vivia com o Pai e com o Espírito Santo”, deixando claro que, por isso, “em Cristo formamos uma só família, porque estamos unidos na Santíssima Trindade”. 

Com efeito, apresentou a família como boa notícia para o mundo, e “a alegria do amor como exortação para todos os casais”, incitando cada um a um duplo desafio: por um lado, redescobrir, assumir e reconhecer a vida familiar como um tesouro; por outro, fomentar a responsabilidade para despertar esta mesma consciência nas famílias cristãs. 

Neste sentido, destacou o papel essencial que a família teve durante os múltiplos confinamentos provocados pela pandemia Covid-19, ocasião que permitiu revelá-la como “porto de serenidade, âncora de conforto e um verdadeiro oásis retemperador”. Deste modo, citou o testemunho do médico Daniel Sampaio que, tendo atravessado uma situação de saúde controversa neste contexto, afirmou, numa entrevista, que o mais importante que fez na vida “foi constituir uma família”, face a uma cultura “em que as pessoas privilegiam a carreira”.

Assim sendo, convidando a que “os cristãos experimentem a vocação matrimonial e que, por outro lado, a proponham sem complexos ou medos”, pediu às famílias para não cederem “a sentimentos de inferioridade” quando propõem o ideário cristão para o Matrimónio, instigando, igualmente, os diversos membros da pastoral diocesana a colocar “a família como absolutamente prioritária” na sua ação, que deve ajudar à construção da família, e não unicamente à sua constituição. 

“O amor não é carga, peso, mas é dádiva, generosidade, gratuitidade, pressão, compressão, oportunidade para dar a vida, em gestos nunca contabilizados”, disse em seguida, citando, depois a Carta Apostólica Patris Corde enunciando que “quando uma vocação matrimonial, celibatária ou virginal, não chega à maturação do dom de si mesmo, detendo-se apenas na lógica do sacrifício, então, em vez de significar a beleza e a alegria do amor, corre o risco de exprimir infelicidade, tristeza e frustração”.

No final da celebração, Paulo Cerqueira, membro da equipa arciprestal da pastoral familiar de Ponte de Lima, confessou que estes são momento importantes, “em particular num tempo em que sentimos que a família é tão atacada e fustigada”, assumindo, também, o desejo de que a dinâmica vivida a nível diocesano possa ser repercutida em âmbito arciprestal.

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