Próximo, pleno de humanismo, sapiente, delicado e decidido, o senhor dom João está connosco, como prenda de Deus que ama o Seu Povo; veio para junto de nós e nós, felizes, soubemos acolhê-lo, acarinha-lo, ser alegres, compartilhando a alegria que nos doa na medida da nossa confiança e disponibilidade: recebemos uma meiguice que modifica quem a recebe e engrandece quem está disposto a viver de Cristo, que não é um simples personagem do passado longínquo, mas uma pessoa com Quem se entabula conversa e a Quem se ama.
Alguém está connosco, apontando persistentemente para a meta que nos surpreende no hoje que vamos vivendo. O amor de Deus não se esgota em momentos precários, mas persiste nas encruzilhadas da labuta diária, sempre que O desejamos, sempre que O procuramos. Dom João está entre nós para nos lembrar como pai que a nossa caminhada é para a frente, que o nosso destino está em Deus, que a nossa vida é para Ele.
Chegado ao nosso meio, lembra-nos que a Diocese conta com cada um, presbítero, consagrado, jovem, adulto, responsável ou anónimo, em família para uma caminhada comum que exige o revestimento diário da alegria, que nos vem de Deus e que estala sem cessar no nosso meio. A nossa família vive em sínodo contínuo: não é importante o que não se pode fazer, mas o que se faz, no desprendimento, na capacidade oblativa, no altruísmo, na predisposição de estar ao serviço daqueles que estão junto de nós.
Em família, a Diocese caminha com todos. Somos todos necessários para implantar no nosso meio o Reino de Deus: preparamo-lo nas fadigas quotidianas que nos desgastam, nos projetos inovadores que desenvolvemos, na oração eclesial, solitária ou comunitária, que empreendemos com humildade.
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O Natal pode ser todos os dias: o que importa é deixar nascer Deus nas nossas pobres vidas, bafejadas por tantos que nos são conterrâneos, que são a nossa Diocese viva. A Igreja bafejou-nos com um miminho benéfico. Sejamos agradecidos. Feliz Natal. Boas Festas.
A festa prossegue nas reviravoltas de nossos caminhos, nos hinos que entoamos em nossas paróquias ou comunidades, nas entregas em que damos as mãos nos sonhos pessoais, nas aventuras destemidas que escancaram as nossas ousadias, nas peugadas incansáveis que testificam o nosso amor mútuo.