D. João presidiu a Eucaristias de Natal

Na homília do dia 24 de dezembro, o prelado convidou os diocesanos a abrir o seu ser, o seu coração e a sua inteligência ao nascimento de Jesus de Nazaré que, de acordo com o mesmo, “é o tempo de graça que não pode ser ignorado ou desperdiçado”.  “No meio de tanta manipulação dos acontecimentos em proveito de ideologias que subterraneamente vão minando a dignidade humana, no afastamento de Deus referenciado pela cultura atual, na perda de sonhos que elevem a pessoa para um futuro digno da humanidade no seu todo e pela insensibilidade pelo humanismo que não pode edificar-se sem a comunhão com Deus, eis o grande anuncio que nos quer despertar para junto de Jesus que nasce do presépio nos decidirmos por edificar uma comunidade humana que á luz do Evangelho, Boa Noticia, nos oriente na Esperança”, afirmou, alertando para “as grandes trevas que atravessam a vida pessoal, social e cultural do tempo em que se vive”. “As incertezas, a mentira, o materialismo reinante, adensam as trevas na convivência social”, especificou, continuando: “A imoralidade, o desrespeito pela dignidade pessoal, enquanto filha de Deus, a perda do sentido profundo da vida humana e o desamparo da razão humana perante a falta de referencia ao amor divino, faz-nos sentir numa sociedade de desespero e de morte.” Neste sentido, D. João Lavrador apelou ainda para “a necessidade de projetar luz que vem do presépio para iluminar o mundo e oferecer-lhe as fontes da esperança e da alegria”.

Já na celebração do primeiro dia do ano de 2023, o Bispo diocesano honrou “Nossa Senhora, Mãe de Jesus e, por isso, Mãe de Deus”, que é “incentivo aos jovens na Jornada Mundial da Juventude (JMJ)”. “Tal como os pastores da primeira hora, somos convidados a entrar no presépio e saborear o mistério de  salvação que nele se encontra e dele brota para toda a  humanidade”, referiu, defendendo: “A partir desta experiência tão profunda e tão abrangente que quer atingir toda a humanidade, somos convidados a refletir, a rezar e a comprometermo-nos pela causa da Paz.”

Relembrando a sua mensagem e a do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, D. João Lavrador salientou que “é o momento oportuno para que cada um e cada comunidade se questione sobre a responsabilidade que lhes cabe neste processo de intensificação da guerra, da desavença, do ódio e do desprezo pelo seu semelhante”. “Verdadeiramente a paz exige um compromisso comum e alicerces sólidos assentes num verdadeiro humanismo, do qual terá de fazer parte sublime a comunhão com Deus, para ser sólida e duradoira”, salientou, incentivando: “Perante os símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude, apelo para os jovens para que olhem e se entusiasmem por este grande acontecimento como promotores de uma sociedade e uma cultura onde a paz reine definitivamente.”

O prelado não só exortou ainda à participação dos jovens na JMJ como das famílias para abrir as suas casas e acolherem jovens vindos de diversas partes do mundo, na semana da Diocese. “Este gesto tem um alcance enorme no diálogo, na abertura ao outro, no conhecimento e respeito por outras culturas, como dimensões importantes para edificar um futuro de paz”, frisou.

Por fim, D. João Lavrador pediu “a participação ativa de todos” e relembrou que as saudações trocadas em cada ano que começa – «Feliz Ano Novo» – são “uma oportunidade que é concedida para refletir, rezar e empenhar nos caminhos que levam a alcançar a paz profunda e duradoira”.