D. João Lavrador apela à renovação da mente e do coração

Com dezenas de pessoas no centro histórico, o Bispo diocesano lembrou que todos são “portadores de uma história”, convidados à escuta dos “sinais dos tempos”. “Deus interpela-nos e quer uma nova relação com a humanidade, apelando para a renovação da mente e do coração com o olhar para o futuro”, referiu, sublinhando: “Estamos num caminho de transformação para a realidade.”

Recordando as palavras do Papa Francisco, D. João Lavrador afirmou que “é preciso que todos se reconheçam como uma única humanidade”. “Somos herdeiros de um racionalismo que ofuscou as várias dimensões do ser humano e que boicotou, no ser humano, a capacidade de relação mais profunda e mais abrangente”, alertou, frisando: “Não somos meros espectadores. São tantos e tantos a falar de Deus. Os nossos irmãos debaixo de guerra, os nossos irmãos violentados. Os nossos irmãos que fogem das suas terras. Quem ouve este grito?”

O prelado afirmou, ainda, que Jesus, através da sua simplicidade e humildade, “abre este caminho estreito”, mostrando “o valor da humanidade”. “As bem-aventuranças são o maior de todos os projetos de transformação”, acrescentou, lembrando: “Não somos meros espectadores e locutores de algo que nos vai substituir na relação com os outros. Somos aqueles que podemos fazer uma relação nova, renovando a inteligência, o coração, e firmando o bem e a nossa vontade dos autênticos valores que edificam o ser humano.”

Por fim, convidou os fiéis a trilhar este caminho de “amor e relação com o outro”. “Não podemos ficar pelas saudades de Deus. É preciso discernir os sinais pelos quais Deus nos fala. Temos de ter a capacidade de escuta”, concluiu.