“Continuo a acreditar na Igreja”

Há 8 anos, o Papa Francisco publicava a Bula Misericordiæ Vultus. Era o Ano Jubilar extraordinário da Misericórdia. Nela propunha uma nova iniciativa: as “24 horas para o Senhor”. “Será celebrada na sexta-feira e no sábado anteriores ao IV Domingo da Quaresma”, lê-se no documento. Este ano, o Arciprestado de Viana do Castelo celebrou-as na igreja paroquial de Perre, na noite de dia 17 de março, colocando como intenção especial a Jornada Mundial da Juventude 2023.

Notícias de Viana
23 Mar. 2023 2 mins
“Continuo a acreditar na Igreja”

Inês Santos, de 17 anos e natural de S. Romão do Neiva, fala de um “momento de oração e de convívio”, e Daniela Maciel, de 22 anos e natural de Castelo do Neiva, menciona uma “oportunidade de estar com os amigos”. Ambas sentem que a Quaresma é um tempo que exige mais reflexão, mais ligação com a Igreja, e mais oração. “Vivemos num mundo muito egoísta e precisamos deste tempo para pensar mais nos outros”, confessa Daniela.

Ricardo Branco, de 18 anos e natural de Perre, conta que a Quaresma é um tempo que ele tenta “aproveitar ao máximo” para se preparar para a Páscoa. “É um momento especial de purificação. Um tempo de purificação, para tentarmos ser melhores connosco e com os outros”. Sara, de 16 anos, também de Castelo do Neiva, assume que a Quaresma deste ano tem superado as suas expetativas. “Está a ser uma Quaresma muito radical para mim”, confidencia, ao mesmo tempo que salienta a importância de “saber e reconhecer quão Jesus é importante” para ela.

É precisamente isso que muitos dizem pedir. “Quero ter um maior encontro com Deus e receber o Seu chamamento”, assume uma das participantes. “Desejo que estejamos mais próximos e mais ligados com o objetivo de ir até à Jornada”, afirma outra.

Entre todos há um desejo e um compromisso comum: a Jornada Mundial da Juventude. Encaram este momento de oração como uma força para se prepararem também para esse momento. “Ver o Papa em Lisboa” é algo que os motiva, algo que nem os momentos difíceis que a Igreja atravessa em Portugal é capaz de comprometer.

“É um momento complicado”, assume Ricardo. “Mas não vimos por causa desta ou daquela pessoa. Vimos pela fé, São valores mais elevados o que nos traz aqui”, relata. Daniela diz que consigo transporta a “esperança de que a Igreja vai reerguer-se”. Explica que sente que a Igreja é muito forte, que se sente os cristãos mais unidos, tal como Inês, que revela que, apesar das últimas notícias, continua “a acreditar na Igreja”.

No interior da igreja, os grupos vão-se revessando. Há, simultaneamente, a oportunidade de cada um viver o Sacramento da Reconciliação. “Queremos pensar mais no bem que podemos fazer, do que ficarmos presos ao mal que já fizemos”, exterioriza uma das entrevistadas.

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