Um edifício da Misericórdia de Arcos de Valdevez vai reabrir, no próximo dia 11, como unidade de retaguarda para internamentos sociais ou para utentes que aguardem resposta de Cuidados Continuados.
O protocolo foi assinado entre o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), João Porfírio Araújo, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo e, o presidente da Câmara, João Manuel Esteves.
A unidade de retaguarda funcionará no segundo piso do Centro de Saúde de Arcos de Valdevez com uma equipa multidisciplinar de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outras especialidades clínicas, que “darão suporte assistencial de forma contínua”.
Para o presidente do Conselho de Administração, João Porfírio Oliveira, “esta resposta de sinergia entre setor público e setor social permite tornar a assistência mais eficaz, porque deixa o espaço de internamento hospitalar para situações clínicas que justificam essas respostas”. “Conseguimos que aqueles que aguardam resposta social ou nos cuidados continuados continuem a ter direito a cuidados personalizados num espaço adequado às suas necessidades”, sublinhou o responsável durante a assinatura do protocolo entre Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), o Município e a Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez.
Para João Porfírio Oliveira, a nova estrutura vai permitir aos hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, “poderem continuar a fazer o seu trabalho, operando doentes e continuar a ter vagas para os doentes agudos”.
O presidente do Conselho de Administração adiantou ainda que os custos, por utente, nesta unidade “vai custar o mesmo que custa uma unidade de convalescença tradicional”. “O que contratualizamos tem um custo de 115 euros, por dia, por doente”, afirmou.
Sobre a inexistência de um serviço de urgência em Arcos de Valdevez, João Porfírio Oliveira disse que a reorganização deste setor da saúde “é algo que já foi bastante estudado”. “Certamente haverá muito mais grupos de trabalhos que irão estudar a forma mais adequada para as urgências. Neste momento, temos o Serviço de Urgência Básico (SUB) de Ponte de Lima, de Monção e o Serviço Médico Cirúrgico em Viana do Castelo. Essa é a composição. Temos reforçado os cuidados de saúde primários com consultas abertas, com consultas disponíveis para o SNS 24. Acaba por ser uma forma diferente de gerir a própria urgência, retirando doentes menos urgentes da urgência e tratá-los em serviços de proximidade”, explicou.
No discurso que proferiu durante a cerimónia de assinatura de um protocolo, o presidente da Câmara, João Manuel Esteves, manifestou “disponibilidade” para “em parceira com a ULSAM, “aumentar a capacidade” do espaço e anunciou que, “dentro de dias”, a unidade de retaguarda e o centro de saúde, mesmo ao lado, “entram em obras, numa parceria com o Ministério da Saúde”, num investimento, “nesta fase, de cerca de 800 mil euros”.
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