Alto Minho: Elsa Abreu acusa a Direção Nacional do Chega de “silêncio”

Na publicação que escreveu nas redes sociais, Elsa Abreu conta que a CPD de Viana do Castelo fez pedidos “incontáveis” de reunião com a Direção Nacional (DN) para “para expor assuntos com caráter interno” que preocupavam os membros desde as últimas eleições legislativas e que, “ao fim de meses” de “silêncio”, foi “surpreendida pouco tempo antes da apresentação de listas de candidatos”.

De acordo com a ex-presidente, foi-lhe solicitada uma lista de candidatos, “que foi prontamente enviada”, após o que a CPD de Viana do Castelo não recebeu nenhuma resposta da DN, “apenas uma instrução interna da coordenação de campanha, ironicamente” para estar pronta para a campanha, mesmo sem saber quem concorria às eleições pelo distrito.

Face à situação, no final do mês de março, a CPD de Viana do Castelo elaborou um documento em que anuncia a cessação voluntária de funções, caso “a sua lista não fosse aceite” ou a CPD não fosse, sequer, consultada”. “A 2 de abril, dia do fim do mandato, já com informações internas não oficiais de que quem seria o cabeça-de-lista voltaria a ser Eduardo Teixeira, ex-militante do PSD e, em segundo, Mecia Martins, do CDS, que nunca serão Chega, enviei o documento previamente assinado pela CPD, bem como por quatro coordenadores concelhios e um conselheiro nacional”, referiu, acrescentando que, “seguidamente, vários elementos pediram desvinculação imediata do partido”. “Foram cinco anos de luta pela implementação do Chega no distrito, que nos saiu do corpo e do bolso, e que foram destruídos por imposição da DN”, acusa, terminando: “Agora os eleitores terão uma lista tutti-frutti composta por PSD, CDS, BE, PCP, e representantes do estrangeiro.”

Fotografia: Chega – Viana do Castelo